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Novas Crónicas da Idade Mídia
O que se escreve e o que se diz nos jornais, na rádio, na televisão e nas redes socais. E como se diz. Eduardo Oliveira e Silva, Luís Marinho, Luís Marques e Rui Pêgo são quatro jornalistas com passado, mas sempre presentes, olham para as notícias, das manchetes às mais escondidas, e refletem sobre a informação a que temos direito. Todas as semanas, leem, ouvem, veem… E não podem ignorar. Um programa Renascença para ouvir todos os domingos, às 12h, ou a partir de sexta-feira em podcast.
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​Global Media: uma aventura sem medida está a produzir um descalabro sem tamanho

Novas Crónicas da Idade Mídia

​Global Media: uma aventura sem medida está a produzir um descalabro sem tamanho

11 jan, 2024 • Eduardo Oliveira e Silva, Luís Marinho, Luís Marques e Rui Pêgo


Eduardo Oliveira e Silva, Luís Marinho, Luís Marques e Rui Pêgo leram, ouviram e viram as notícias que circularam esta semana e agora partilham os seus pontos de vista.

50 milhões de passivo acumulado; dívidas a fornecedores em torno dos 5 milhões que, acusa o chefe da empresa, não estavam inscritas na Due Diligence, no processo de aquisição do Grupo.

Esta quarta-feira mais uma greve que paralisou a rádio (TSF) e todas as publicações da empresa (DN, JN, Jogo); O CEO, José Paulo Fafe, o ex-proprietário, Marco Galinha, ainda com interesses no Grupo, e o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, foram ouvidos na Comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto; Marcelo pediu medidas, mesmo um pacto de regime para o sector; Ana Sá Lopes, no Público deste domingo, reclama a nacionalização da Global Media. Pedro Norton, também no Público, explica que o problema é mais fundo: “o jornalismo deixou de ser um negócio”.

É desejável não confundir a árvore com a floresta. Os problemas da Global Media não são da mesma natureza que as dificuldades que os Media portugueses, no seu conjunto, atravessam. São mesmo, em larga medida, diferentes. Neste caso, aparentemente, trata-se de incapacidade de avaliação dos ativos adquiridos que, de resto, já vinham em queda livre, e das consequências da ação da “gestão anterior [que] foi danosa”, acusação produzida no Parlamento pelo CEO em funções. Que não tem dúvidas: “o negócio não é rentável”.

A ser assim, fica já aqui, em antecipação, um primeiro enigma, um grande enigma: se o negócio era um mau negócio porque é que se meteram nele?

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