09 nov, 2017 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
95 mil pinheiros vão dar lugar a novas florestas nas zonas devastadas pelos incêndios no Centro do país. E serão capazes de neutralizar todas as emissões da Web Summit, incluindo as que são geradas pelas viagens de avião. Dos mais de 60 mil participantes, 53 mil são oriundos de 166 países.
Mas não é tudo. Os copos de água descartáveis que estão disponíveis no recinto são 100 por cento recicláveis.
E a Web Summit confirma-se como o evento que aponta as tendências para um futuro mais tecnológico e mais amigo do ambiente. E tudo por causa das alterações climáticas.
O problema não são as alterações em si. Porque o clima está em constante mudança. O problema é o pouco cuidado com o que fazemos ao planeta. A forma inexcedível como pomos e dispomos dos recursos da Terra acaba por acelerar as alterações climáticas. E a factura será paga pelas gerações vindouras.
E também aqui e agora. A seca que o país enfrenta é, certamente, uma consequência do nosso mau comportamento generalizado em matéria ambiental.
Lembra-se de algum momento em que o governo tenha tido a necessidade de alertar que um minuto de torneira aberta corresponde a 12 litros de água?
Lembra-se de um Verão tão prolongado - que durou até há bem pouco tempo - com incêndios tão devastadores e tão mortíferos como aqueles a que assistimos?
Mas há sempre a esperança num futuro melhor. E a tecnologia pode ter um papel decisivo. Um estudo elaborado pela empresa sueca Ericsson indica que as tecnologias podem contribuir para uma redução de 15% das emissões de gases de efeitos de estufa até 2033.