05 mar, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Um em cada cinco portugueses acrescenta sal à comida que lhe põem no prato. E um em cada sete portugueses hipertensos continua a fazê-lo.
Não é novidade que o sal é prejudicial para a saúde. Em excesso, ainda mais.
Mas aí está mais um alerta. Desta vez no Inquérito Nacional de Saúde (INSEF) elaborado pelo Instituto Ricardo Jorge com cerca de cinco mil inquiridos entre os 25 e os 64 anos, a maior parte com escolaridade inferior ao ensino secundário e em situação de desemprego.
A partir da amostra, conclui-se que quase 18% dos portugueses adicionam sal à comida. Um em cada cinco homens, uma em cada sete mulheres, sobretudo na idade jovem - entre os 25 e os 34 - e no Algarve.
É, segundo este inquérito, a região onde este hábito do acréscimo de sal no prato é mais frequente.
Mas o INSEF revela outra curiosidade: o consumo adicional de sal é mais frequente nas pessoas empregadas (20%). Seguem-se os desempregados, reformados e estudantes.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a primeira causa de morte e invalidez em Portugal.
E a Sociedade Portuguesa de Hipertensão diz que se cada pessoa consumisse menos dois gramas de sal por dia por dia, ocorreriam menos 11 mil AVC por ano em Portugal. E uma redução até 40% nos cinco anos seguintes.
Não se pode dizer que é por falta de aviso. O consumo excessivo de sal é responsável por doenças cardiovasculares que matam mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo.