16 mai, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Agora que estamos a menos de um mês do inicio do campeonato do mundo, já toda a gente pensa em quem vai ganhar.
E há toda a gama de teorias que apontam pistas. Só que, na verdade, não passam de mera especulação. Por isso, se tiver de apostar muito dinheiro com base no que vai ler, não arrisque. Se o fizer, não nos responsabilizamos.
A Teoria da Pirâmide, por muitos batizada como a Mãe de Todas as Teorias sobre previsão de vencedores dos mundiais, tornou-se famosa depois do pentacampeonato conquistado pelo Brasil no Mundial de 2002, na Coreia e Japão. Nessa altura, a internet foi invadida por notícias que sugeriam que o 3.964 era uma espécie de número mágico responsável pelos desfechos de todos os mundiais de futebol.
Porquê 3.964? Foi o número a que os estudiosos chegaram ao somar os anos de conquista dos títulos da Argentina (1978 + 1976), da Alemanha (1974 + 1990) e Brasil por duas vezes (1970 + 1994 e 1962 + 2002).
Se nestes casos a soma bateu certo com o campeão do mundo, o mesmo não se pode dizer por exemplo da Inglaterra que venceu em 1966 e, de acordo com esta teoria, deveria ter ganho em 1998. Só que nesse ano quem ganhou foi a França.
Conclusão: a Teoria da Pirâmide é falível. Mas, se é para entreter, que seja. Ao menos, serve para alimentar a especulação e a curiosidade.
Mais rebuscada e, porventura, certeira é a teoria que junta a Liga dos Campeões e as vitórias israelitas na Eurovisão.
Este ano, o vencedor do festival da canção foi Israel, tal como em 1998 e 1978. A primeira curiosidade reside exatamente no facto do país só conquistar o festival da Eurovisão de duas em duas décadas, em anos que terminam no número 8.
Continuando: há 40 e há 20 anos, os vencedores da mais importante prova europeia de clubes foram - por esta ordem - Liverpool (ganhou 3-0 ao Bruges) e Real Madrid (0-1 sobre a Juventus). E este ano, um dos dois vai ganhar a final da Champions.
É nesta exata conjugação de fatores que o país anfitrião do Mundial é, também, o vencedor.
Os números não mentem: em 1978, a Argentina foi o país organizador e sorriu no final. No mesmo ano em que Israel foi vencedor do Eurofestival e o Liverpool campeão europeu de clubes.
Em 1998, aconteceu exatamente o mesmo com a França. A diferença é que o vencedor da Liga dos Campeões foi o Real Madrid.
Se foi assim há 40 e há 20 anos, porque não outra vez agora? Se assim for (ou fosse), 2018 será (ou seria) o ano da Rússia.
Só que os brasileiros, que anseiam a conquista do hexa, apontam uma série de coincidências que fazem de 2018 um ano particularmente semelhante a 2002, o ano do penta.
A Holanda está fora do Mundial, a Costa Rica está no grupo do Brasil, o Senegal está presente.
Mas há mais: tal como Ronaldinho Gaúcho em 2002, o camisola 10 do Paris Saint Germain é Neymar, aquele em quem os adeptos brasileiros mais confiança depositam.
Para terminar, em 2002 o melhor jogador do mundo era Luís Figo. Em 2018, o melhor do mundo é Cristiano Ronaldo.