03 abr, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
A questão sempre foi algo controversa entre os especialistas. E, como noutras áreas, também nesta em particular há ideias e conclusões para todos os gostos.
Há pouco tempo, li numa revista que há sete boas razões para comer ovos diariamente, mas não mais do que três por dia. E podem ser estrelados, cozidos, escalfados, mexidos.
É bom para o colesterol, para a visão, para o cérebro, para perder peso, para ganhar massa muscular, até para o bom humor.
Talvez tenha sido essa a receita da longevidade para Emma Morano, uma italiana que nasceu em 1899 e viveu até aos 117 anos que incluíram duas guerras mundiais, 11 Papas, três reis e 12 presidentes.
Comia três ovos por dia (dois crus e um cozido) a que juntava biscoitos e bolachas. Nada de carnes vermelhas, nada de frutas e verduras. Emma Morano viveu toda a sua vida contrariando aquilo que os nutricionistas dizem ser as boas práticas alimentares para uma vida saudável e durou 117 anos.
Há um outro estudo da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, sugerindo que um ovo por dia aumenta em 12% o risco de ataques cardíacos fulminantes e em 16% o risco de morte prematura. É caso para dizer, senhores cientistas entendam-se: afinal é bom ou é mau comer ovos?
Nesta investigação, os especialistas atribuem o potencial de risco à grande concentração de colesterol na gema do ovo, a tal ponto que contrariam estudos anteriores que concluíram que o consumo de um ovo por dia reduz em 26% o risco de enfarte.
Mas se a pergunta for feita a outros cientistas, a resposta muda e os ovos voltam a ser do melhor que há. Tom Sanders, professor catedrático de nutrição no King’s College de Londres diz que não precisamos de ficar alarmados.
Até porque, segundo diz, os adultos europeus consomem, em média, três ovos por semana, que acaba por ter um efeito reduzido nas concentrações de colesterol no sangue.
Moral da história: é como tudo na vida, com moderação é sempre melhor.