27 jun, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
A Confederação Empresarial Portugal (CIP) acaba de apresentar um estudo, segundo o qual a região Norte será a que mais vai sofrer com a entrada progressiva dos robôs e da inteligência artificial no mercado de trabalho em Portugal.
É um número a reter neste dia dedicado aos trabalhadores industriais. Em Portugal, 910 mil portugueses têm empregos ligados ao setor tecnológico. Parece muito, mas ainda fica abaixo da média europeia.
Daqueles 910 mil, 90 mil são na manufatura e metade na indústria têxtil, um setor onde apenas 11% da força de trabalho é altamente qualificada.
É este o retrato antecipado pela CIP para a década 2020/2030. Olhando para a totalidade do país, o estudo admite que a robotização e inteligência artificial sejam responsáveis por mais de um milhão de postos de trabalho no setor industrial na próxima década.
A boa notícia é que a autonomização vai criar 227 mil novos empregos – ainda assim, saldo negativo: há 194 mil postos de trabalho perdidos.
Significa isto que a inevitabilidade dos robôs e da inteligência artificial na nossa indústria vai desafiar empresas e trabalhadores num esforço de requalificação. O segredo está na formação contínua.