26 jul, 2019 • André Rodrigues e Paulo Teixeira (sonorização)
O Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais registou quase 10 mil hectares de floresta ardidos só em Mação e Vila de Rei este ano.
A floresta que ardeu durante o fim de semana passado e os primeiros dias desta semana no centro do país correspondem à área total da capital portuguesa, ou mais de duas vezes a área da cidade do Porto.
Os incêndios de Mação e Vila de Rei correspondem a 50% da área ardida desde o início do ano.
A Pordata apresenta números que confirmam que os países regularmente mais afetados pelo valor são também os que mais sofrem com incêndios. Portugal, Espanha, Itália e Grécia são os que têm maior número de incêndios desde 2010.
E Portugal, sendo de todos o mais pequeno, é o país mais afetado. O ano de 2014 foi a exceção. Nesse ano, registaram-se aproximadamente 10 mil ignições. Em Portugal foram 7.000.
Em 2015, o Portugal voltou à liderança do ranking europeu dos incêndios, logo seguido da Polónia. Ou seja, em oito anos analisados, os dois vizinhos da Península Ibérica são os mais fustigados pelos fogos de verão.
Se restringirmos a comparação apenas a estes dois países - Portugal e Espanha - conclui-se que, entre 2010 e 2017, houve, em média, mais 5.000 incêndios do lado de cá da fronteira.
Não deixa de ser curioso e, ao mesmo tempo, preocupante.
A Espanha é 5,5 vezes maior do que Portugal, mas tem menos 5.000 incêndios por ano.