29 jul, 2019 • André Rodrigues e Paulo Teixeira (sonorização)
Há cada vez mais portugueses a optar pelos pagamentos contactless, que como o nome indica são cartões de pagamento com tecnologia de leitura por aproximação. Quatro centímetros é o suficiente e eis que sai o talão e está paga a despesa.
E como é que sabe se o seu cartão faz isso? É simples. Está a ver aqueles tracinhos arqueados da internet sem fios. Pois bem, é exatamente isso. Se o seu cartão tiver esse símbolo, então pode passar a fazer pagamentos de forma mais simples e mais rápida.
Tudo facilidades, não é? Pois, e isso é seguro?
O Banco de Portugal responde. Este sistema oferece maior proteção contra tentativas de fraude, uma vez que permite fazer pagamentos sem que o cartão saia da sua mão, e sem que tenha de inserir o seu código pessoal às escondidas do olhar indiscreto da pessoa ao lado ou que tenta espreitar por cima do seu ombro.
Seja como for, isso reduz a zero a possibilidade de clonagem do cartão através da cópia da banda magnética ou do chip.
Além disso, os emissores de cartões definiram que cada transação não pode ultrapassar os 20 euros.
E que o limite máximo de pagamentos contactless é de 60 euros no espaço de 24 horas. Ou seja, três vezes vinte euros.
À quarta compra, pode na mesma aproximar o cartão do terminal, mas o pagamento só será concluído depois de inserir o código PIN.
No final do ano passado, três em quatro terminais de pagamento automático permitiram pagamentos por aproximação. E dois em cinco cartões de pagamento tinham tecnologia contactless - 600 milhões de euros movimentados em cerca de 43 milhões de operações.
São os números de 2018. Na comparação com 2017, o recurso a este modo de pagamento aumentou 157% em número e 170% em valor.
Ainda assim, representou, apenas, 1,5% das compras presenciais realizadas durante o ano passado.