02 out, 2019 • Marta Grosso , Paulo Teixeira (sonorização)
Segundo o último Censos, existem na área da Grande Lisboa 30.966 pessoas com deficiência visual. Já pensou como é estas pessoas utilizam os telemóveis?
Há uns anos que existem os chamados leitores de ecrã, aplicações que verbalizam precisamente o que está no ecrã.
No caso do sistema IOS, próprio dos iPhones e toda a gama APPLE, a aplicação chama-se VoiceOver. No caso do sistema Android, a aplicação chama-se TalkDeck. Ambas vêm de origem, depois com diferenças na sua utilização.
Os leitores de ecrã também existem para os computadores e aqui existe uma versão gratuita – a NVDA – e outras pagas. E há ainda leitores que também conseguem mostrar em braille o que está no ecrã – é preciso, para isso, que o utilizador tenha um terminal braille.
Então e para utilizar o multibanco? Há já vários anos que as caixas multibanco têm uma funcionalidade própria para pessoas com deficiência visual: depois de introduzir o código, a pessoa clica na tecla 5 e a máquina passa a verbalizar algumas operações.
Segundo a SIBS, o sistema permite a introdução de auscultadores de modo a garantir a privacidade e segurança dos utilizadores.
Nas cidades, são muitos os obstáculos e os perigos existentes nas ruas para as pessoas invisuais. A ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal diz que alguns destes obstáculos até podem servir de ponto de referência, ajudando a pessoa a perceber onde está.
Mas há muitos outros que representam apenas perigos, como andaimes ou buracos assinalados apenas por uma fita vermelha e branca – só percetível, portanto, a quem vê.
A bengala não deteta todos os obstáculos, nem no chão nem um pouco acima. Portanto, o risco de bater com a cabeça em toldos, ramos de árvores ou cordas de roupa é real. Já imaginou?