21 dez, 2015 • Anabela Góis
O negócio precisa do aval da Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia, que tem a palavra final nos processos de ajuda de Estado.
Para já, Bruxelas aprovou o plano português de uma ajuda adicional de 2.250 milhões de euros para a cobrir o “buraco” financeiro no Banif, de acordo com as regras europeias.
A Comissão Europeia aprovou também um apoio adicional - na forma de garantia estatal - para provisionar potenciais riscos na parte vendida ao Banco Santander, elevando o total de apoios para 3.000 milhões de euros.
Ainda hoje, em Bruxelas, é dado mais um passo no sentido da adesão do Montenegro à União Europeia, com a realização de uma conferência intergovernamental.
O Comité Europeu dos Transportes e Turismo também se reúne hoje num encontro em que vão ser ouvidos representantes da Uber e accionistas da empresa de transporte de passageiros.
Em discussão vão estar, em particular, os aspectos sociais, económicos e jurídicos deste tipo de empresas, como a Uber, que fornecem serviços de transporte, usando uma plataforma online, que permite ligar passageiros a motoristas que usam os seus veículos pessoais.
A semana é mais curta para os mercados financeiros, por causa do Natal, e também será divulgada pouca informação macroeconómica.
Destaque para o índice que revela a confiança dos consumidores na zona euro, neste mês de Dezembro, e para a evolução dos preços no consumidor na Alemanha e para as despesas de consumo das famílias em França.
Amanhã o Banco Central Europeu interrompe - até ao dia 4 de Janeiro - as compras de dívida pública e privada. O BCE antecipou as compras entre 27 de Novembro e 21 de Dezembro “para aproveitar umas condições do mercado relativamente melhores na primeira parte do mês”.
Na quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística vai divulgar as contas trimestrais do nosso país, o que permitirá conhecer, entre outros dados, a evolução da taxa de poupança das famílias e as necessidades de financiamento da economia portuguesa no 3º trimestre.
Também na quarta-feira espera-se que a Direcção Geral do Orçamento publique a síntese de execução orçamental até Novembro. Dados que vão permitir antever com maior precisão o valor do défice no fim do ano.
No passado dia 10 o ministro das Finanças anunciou a necessidade de novas medidas para conter o défice, depois de concluir que “o objectivo orçamental de 2,7% de défice não poderá ser cumprid” devido a “desvios bastante disseminados”, quer na receita, quer na despesa, na execução do orçamento.