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​Universidades de referência atraem talento de nível mundial

12 set, 2022 • Opinião de Filipe Santos* • Opinião de Opinião


Há uma oportunidade para Portugal, e Lisboa em particular, se posicionar como um hub mundial de ensino superior e investigação científica.

Lisboa pode tornar-se um hub mundial de atração de talento para o ensino superior. As Business Schools, como a CATÓLICA-LISBON, que subiu hoje 17 posições no ranking dos Mestrados em Gestão, ascendendo ao TOP 30 Mundial, são um exemplo do posicionamento e diferenciação que permite vencer na competição global pelo talento e criar valor para Portugal.

Na semana de 1 de setembro, a Católica Lisbon School of Business and Economics acolheu 1.000 novos alunos de licenciatura e mestrado. Metade destes alunos são internacionais, maioritariamente europeus, alunos que escolheram Portugal e a Universidade Católica para os seus estudos superiores. Iniciaram também funções três novos professores internacionais de grande talento e potencial que escolheram a Escola para desenvolver as suas carreiras.

Porque escolhem eles a CATÓLICA-LISBON? Desde logo porque é uma Escola pioneira que há exatamente 50 anos, em 1972, lançou o ensino superior de Gestão em Portugal. Foram 50 anos de permanente inovação e busca da excelência. Desde logo, um currículo inovador e rigoroso, lecionado por docentes experientes, com conhecimentos académicos e práticos de gestão e qualidades pedagógicas. Nos tempos quentes do pós-25 de Abril, com universidades públicas fechadas e passagens administrativas, na Católica trabalhava-se e aprendia-se sobre economia, gestão, ética e o mundo. Na década seguinte, a Escola formou milhares de graduados em Gestão e Economia, que constituíram a espinha dorsal da revolução empresarial portuguesa dos anos 80 e 90.

Nos anos 90, a CATÓLICA-LISBON foi pioneira na formação executiva em Portugal, contribuindo para capacitar diretamente os gestores e líderes das empresas portuguesas. Em 30 anos foram mais de 50 mil participantes que se graduaram e trouxeram novos conhecimentos sobre gestão, estratégia, inovação, marketing, liderança, análise económica e ética para as suas empresas. A qualidade da formação da CATÓLICA-LISBON é reconhecida internacionalmente e a escola ascendeu em maio deste ano ao TOP 20 mundial de formação executiva para empresas, sendo a Escola do mundo que mais subiu nestes rankings.

Mas o aspeto mais importante foi a internacionalização. Os anos 2000 foram palco de um processo acelerado de internacionalização em que a escola se virou para o mundo. Contratou docentes internacionais, que hoje compõem 40% do quadro, e submeteu-se a exigentes processos de acreditação internacional e rankings. Os resultados não poderiam ter sido mais marcantes. Em 2007, a CATÓLICA-LISBON torna-se a primeira escola portuguesa a receber a tripla acreditação e a entrar no prestigiado ranking do Financial Times, palmarés que mantém até hoje e que menos de 0,5% das escolas mundiais têm. Os seus programas entram nos rankings desde 2012 com grande sucesso. O mestrado em Finanças ascende ao TOP 20 mundial em junho de 2022, subindo seis posições, e o mestrado em Gestão sobe 17 posições em setembro deste ano para se tornar o 28.º melhor programa a nível mundial.

Este percurso de internacionalização de mais de 20 anos foi marcante e deu o exemplo às universidades públicas para internacionalizarem também as suas Escolas de Gestão e Economia. A NOVA iniciou o processo mais cedo e com grande sucesso também, mas recentemente ISEG, ISCTE e PBS começaram a fazer o seu caminho de internacionalização. Neste momento, Portugal é tipicamente o 4.º país da Europa com mais escolas de negócios nos rankings internacionais, comparando muito favoravelmente com grandes economias como Itália ou Alemanha. Esta é uma vantagem competitiva de Portugal e, em particular de Lisboa, que é importante aprofundar.

É que o ensino superior é um setor de serviços invulgar por ter um cariz e potencial fortemente exportador - os serviços não saem do país, mas os clientes internacionais vêm ao país receber o serviço e morar em Portugal durante longos períodos - o que gera benefícios indiretos muito grandes para a economia portuguesa, não só económicos, mas também de divulgação da língua, cultura e turismo português. E é um setor em que a atividade central é o desenvolvimento de talento, que é o recurso mais escasso das economias modernas, talento esse que pode depois manter-se em Portugal.

O potencial de mercado é enorme e mede-se em milhões de potenciais clientes – tanto no segmento dos programas de grau como nos cursos curtos para executivos. As tendências favorecem a União Europeia, nomeadamente o evento do Brexit e a escalada de preços do ensino superior nos EUA que reorientam muitos alunos para a Europa continental. E entre os vários países de destino na Europa, Portugal tem uma relação qualidade/preço imbatível, as universidades têm qualidade e estão a adotar a língua inglesa como dominante, e o clima, gastronomia, cultura e hospitalidade do país estão entre os melhores do mundo. Há uma oportunidade para Portugal, e Lisboa em particular, se posicionar como um hub mundial de ensino superior e investigação científica.

Por isso, a CATÓLICA-LISBON está a continuar a apostar na internacionalização, na captação de talento docente e de alunos de nível mundial, e no aprofundamento de uma cultura de qualidade e rigor no ensino, com humanismo e personalização.

Está também a apostar no ensino digital inovador, para aumentar o acesso, incluindo novos públicos no ensino superior e promovendo a capacitação em gestão nas empresas portuguesas.

E está a desenvolver, no âmbito da Universidade Católica, um ambicioso plano de desenvolvimento de um novo campus em Lisboa que permita duplicar a sua capacidade de receber alunos internacionais, com uma ainda melhor experiência e qualidade.

Os próximos 50 anos da CATÓLICA-LISBON serão ainda mais marcantes e com forte impacto em Portugal.



*Filipe Santos é Professor de Inovação Social e diretor da Católica Lisbon School of Business and Economics

Este espaço de opinião é uma colaboração entre a Renascença e a Católica Lisbon School of Business and Economics

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