17 set, 2015 • Ana Rodrigues
A situação dos refugiados concentrados na fronteira entre a Hungria e a Sérvia é notícia em todos os jornais e que esta quinta-feira dão conta dos confrontos com a polícia húngara.
O “Público” escreve que a “violência na Hungria reforça a Croácia como novo destino dos refugiados”, acrescentando que o “governo croata garante que vai receber todos, independentemente da sua religião e da cor da pele”.
Já o “i” destaca que a “Hungria usa gás lacrimogéneo para travar refugiados”, e que “meia centena de refugiados que tentavam, cruzar a fronteira correm o risco de ser presos”.
O mesmo ângulo é escolhido pelo “Diário de Notícias” que refere em título “Hungria usa gás e canhões de água contra refugiados”. No corpo da notícia escreve que as “fronteiras estão de regresso à União Europeia”, acrescentando que “Frontex diz que desde Janeiro já entrou ilegalmente na UE meio milhão de pessoas, 156 mil só em Agosto. Alguns países puseram as regras de Schengen de quarentena e introduziram controlos nas suas fronteiras”.
Ainda neste jornal destaque para a iniciativa da sociedade civil portuguesa para o acolhimento de refugiados. Escreve o jornal que “autarquias e associações aguardam mais informação sobre quantas pessoas poderão chegar ao país e quais as necessidades”, mas uma coisa é certa, “mais de 30 câmaras disponibilizam casa, apoio escolar e verbas”.
As iniciativas de apoio em Portugal são também notícia no “Diário Económico” que dá conta da forma “como Portugal está a ajudar refugiados “, isto porque “em Portugal os exemplos de solidariedade para com os refugiados multiplicam-se”.
Este jornal revela ainda que a “crise migratória também traz negócios e até sobe salários”, acrescentando que “as exportações libanesas cresceram com os refugiados e os salários dos turcos subiram. Dois peritos do banco mundial mostram ganhos, para lá da questão demográfica”.
Já o “Jornal de Negócios” escreve que “a fronteira entre a Hungria e a Sérvia foi palco de tensão e violência desde o agravar da crise migratória. As autoridades húngaras recorreram mesmo à força para demover os migrantes. Já a França admite impor restrições na fronteira”.
O “Irish Times” revela uma sondagem feita na Holanda que dá conta que “ três em cada dez pessoas são agora contra qualquer forma de migração, mesmo de outros países da União Europeia”, isto segundo o jornal, mostra que “face ao enorme fluxo de migrantes do Médio Oriente, as atitudes estão a endurecer”.
O “Financial Times” refere que mais de cinco mil migrantes surgiram na Croácia, a última rota para a UE, com situações de violência na vizinha Hungria, que efectivamente fechou as suas fronteiras. Avança ainda que o “governo da Croácia revelou que o número de pessoas a tentar entrar no país intensificou-se nas últimas horas, tendo registado a chegada de 5.650 migrantes”.
O inglês “The Week”, refere que a “agência de refugiados das Nações Unidas está chocada e triste ao testemunhar a forma como estão a ser tratados os refugiados sírios, que incluem famílias com crianças, depois de já terem sofrido tanto”. Já David Miliband, director do comité internacional de apoio aos refugiados disse que a resposta da Hungria ao desastre humanitário revela o lado negro do carácter europeu”.
Para traçar um quadro acessível sobre a crise dos refugiados, o francês “Le Figaro” publica uma infografia e explica que “face ao fluxo de refugiados, os países europeus decidem uns a seguir aos outros fechar ou controlar as suas fronteiras. Depois de várias semanas de vacilação sobre o espaço Schengen. A chegada dos migrantes é assim explicada em quatro mapas”.