17 nov, 2015 • Filomena Barros
“E depois de Paris?”. A pergunta está na capa do “Jornal de Negócios” desta terça-feira. O que pode mudar nas fronteiras dentro da Europa, no apoio à extrema-direita e no acolhimento de refugiados são questões que o jornal colocou a diversos especialistas, que dizem que ainda está longe uma aliança global contra o terrorismo islâmico.
O “Jornal de Negócios” escreve também que, “ao terceiro dia, a França voltou à normalidade”: de volta ao trabalho, às escolas, aos teatros e museus. Mas o estado de emergência, decretado pelo Governo francês, pode durar três meses.
Outro tema neste jornal: “Bruxelas inclui insectos na nova alimentação”. A Comissão Europeia adoptou um regulamento para a introdução de novos alimentos, que podem vir a ser comercializados no prazo de dois anos. Na lista estão insectos inteiros ou partes – como patas, asas e cabeça.
No “Diário Económico” estão, de novo, os atentados em Paris: as fronteiras portuguesas estão “em alerta”, com medidas adequadas e proporcionais à situação, garante o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. "Hollande prepara Constituição de ataque ao Estado Islâmico”, escreve o jornal.
No “Jornal de Notícias” lê-se: “França pede aliança global no combate ao Estado Islâmico”. E no “Diário de Notícias”: “Hollande quer unir Rússia e Estados Unidos para derrotar jihadistas”.
No “i”, lemos: “Hollande muda de estratégia quanto a Assad e quer aliar-se a Putin”. Se até agora tirar o Presidente sírio, Bashar al-Assad, do poder era um dos principais objectivos do Ocidente, agora o objectivo é derrotar o Estado Islâmico.
O “Público” destaca as declarações do Presidente francês: "Hollande diz que ‘A França está em guerra’ e pede mudanças na Constituição recusadas pela direita" . Nas páginas do jornal, lê-se também que o “Reino Unido reforça serviços secretos com mais 1.900 efectivos”.
A imprensa estrangeira também continua a destacar os ataques em Paris.
O francês “Libération” tem a foto da Assembleia Nacional na segunda-feira em França. Título: “Estado de urgência permanente” O também francês “Le Monde” escreve “A França e o Estado de Urgência”.
A capa do britânico “The Guardian” põe, de um lado, o Presidente francês e do outro o norte-americano. O “The Times” revela que “o cérebro vangloriou-se de planear os ataques”. Na edição internacional do “New York Times” lê-se, em manchete, “França está em guerra”. E o “El País” escreve: “França reforça Estado para combater o terrorismo”.