05 jan, 2016 • Pedro Caeiro
“Portugal está em condições de sair do procedimento por défice excessivo”, é o título do “Diário Económico” que cita a secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Margarida Marques reafirma o que já tinha dito na semana passada em entrevista à Renascença. Ainda nesta entrevista ao jornal, a responsável do Governo pelas relações com a União Europeia desdramatiza as divergências, em questões europeias, entre o Governo e os partidos à Esquerda que dão suporte parlamentar ao executivo. “Teremos de negociar caso a caso”, diz Margarida Marques. De resto, fala das prioridades para 2016 e, sobre a possível saída do Reino Unido, afirma que a União Europeia “não sacrificará os seus princípios” para manter os britânicos na União. De resto, Margarida Marques acrescenta mesmo que o Reino Unido tenha direito de veto sobre as decisões relativas à zona euro. Quanto à crise dos refugiados, a secretária de Estado afirma que “Para manter Schengen, precisamos de um controlo das fronteiras mais eficaz”.
No jornal online “Observador”, é citado o economista-chefe do FMI, que diz que “a União Europeia deve continuar atenta a Portugal em 2016”. Espanha, Grécia e Ucrânia também são desafios europeus a seguir à crise dos refugiados, segundo Maurice Obstfeld numa entrevista sobre os desafios económicos mundiais em 2016, publicada na revista da instituição.
No jornal “i”, o Governador do Banco da Grécia avisa que “o país não aguenta outro confronto com a União Europeia”. Isto ao mesmo tempo que o Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras admite que o sistema de pensões grego “está à beira do colapso”, mas avisa ao mesmo tempo que “não cede a exigências absurdas dos credores”. O “i” cita um artigo do jornal grego “Kathimerini” em que “Yannis Stournaras” confessa-se preocupado com um eventual desacordo na reforma da Segurança Social.
Mais à frente, ainda no “i”, a propósito do caso Banif, pode ler-se que a “Europa tem dinheiro para resgatar até dez bancos” nos próximos quatro anos. Isto apesar de Bruxelas já ter vindo entretanto garantir que as previsões não apontam para a necessidade de resgatar uma quantidade tão grande de instituições.
Ainda na área da banca, destaque para a notícia que vem no interior do “Negócios”, em que se pode ler “”BPI arrisca multa diária se falhar prazo imposto pelo BCE”. Em causa está a necessidade de resolver o problema do excesso de concentração de riscos em Angola dentro do calendário definido pelo BCE. E o BPI arrisca-se a pagar uma multa diária até adoptar uma solução que seja aceite pelo supervisor europeu.
Na BBC, “Dinamarca responde à imposição dos controlos fronteiriços na Suécia com um apertar dos seus próprios controlos”. O Governo de Copenhaga está a controlar melhor as suas fronteiras com a Alemanha, horas depois da Suécia ter feito o mesmo em relação à Dinamarca. O diário britânico “Independent” pergunta mesmo se “não será o fim de Schengen”, enquanto o “Daily Mail” diz que a Suécia lançou o seu próprio “muro de Berlim” com os vizinhos dinamarqueses. O tema é também tratado no israelita “Jerusalem Post”.