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Revista de Imprensa de temas europeus (22/02/2016)

Más notícias para Cameron: Boris Johnson junta-se aos eurocépticos

22 fev, 2016


Esta manhã, a imprensa destaca a decisão do presidente da Câmara de Londres. Boris Johnson anunciou que vai fazer campanha a favor da saída do Reino Unido da União Europeia, no referendo marcado para Junho. Trata-se de uma voz muito influente e que pode ser um entrave a Cameron.

O “Independent” diz que a decisão faz parte da campanha de Boris para ser o próximo pPrimeiro-ministro. O “mayor” de Londres é o mais destacado dirigente dos conservadores a apelar à saída do país da União e um dos políticos mais populares do país.

O “The Guardian” fala num confronto com David Cameron, Boris Johnson considera que o acordo alcançado na sexta-feira não vai levar às reformas que a união europeia precisa.

O “Financial Times” traz uma fotografia de Boris Johnson com uma metralhadora e diz que o biógrafo de Winston Churchill, tomou a decisão para ganhar vantagem política. Por cá, o “Público” diz que a campanha do “Não” tem como cabeça de cartaz o “mayor” de Londres, o grande rival de David Cameron.

O “El Pais” tem esta manhã uma entrevista com o antigo ministro grego das Finanças. Yanis Varoufakis diz que o acordo assinado em Bruxelas com David Cameron é a decomposição da União Europeia: “Foi um dia triste para a União Europeia”. Varoufakis diz que os países da União perderam a confiança nas instituições e que tentam gradualmente abandonar um barco que vai em direcção às rochas.

No “Público”, esta manhã uma entrevista ao ministro dos Negócios Estrangeiros. Augusto Santos Silva diz que Portugal pediu a Bruxelas para fazer regras iguais para todos, porque seria fatal a ideia de que há regras diferentes consoante a geografia e a ideologia dos Governos.

No “Diário de Notícias” o editor do “Financial Times”, Wolfgang Munchau não acredita que o acordo assinado em Bruxelas vá ter influência no resultado do referendo. E diz que as concessões ao Reino Unido vão criar uma Europa a dois níveis. E questiona, ainda, como é que a Europa pode lutar pela União, quando depois permite que um dos Estados-membros goze de uma isenção permanente.

O ex-eurodeputado do Rui Tavares escreve no “Público” e diz que, se sair o Reino Unido, terá ainda menos peso, perde poder de veto na União Europeia e o acesso directo ao mercado único.

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