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Revista de Imprensa de temas europeus (24/02/2016)

​Comissários defenderam “chumbo” do Orçamento

24 fev, 2016


A acta da reunião dos comissários liderados por Juncker revela que defenderam o “chumbo” das contas do Governo de Lisboa. Outros dos temas fortes desta manhã continua a ser o “Brexit” e a aproximação do referendo, que pode ter implicações internas também no Reino Unido.

O “Diário Económico” destaca o facto de os comissários europeus terem defendido o chumbo ao Orçamento do Estado português. Segundo o jornal, vários comissários do executivo liderado por Jean-Claude Juncker pronunciaram-se pela rejeição do esboço do projecto orçamental português, que acabaria por ser aprovado numa reunião extraordinária a 5 de Fevereiro. A acta foi conhecida ontem e também o “Diário de Notícias” fala nela. Apesar das muitas dúvidas em Bruxelas, os últimos pacotes de medidas apresentados pelo Governo português preveniram um “chumbo”.

Ainda no “Diário Económico”, destaque para a Bélgica que resolveu introduzir o controlo na fronteira com França devido ao problema de Calais, onde vivem cerca de 4.000 migrantes em condições precárias e que vão ser evacuados em breve. O Governo de Bruxelas já avisou a Comissão Europeia da suspensão temporária de Schengen. O anúncio feito pelo ministro do Interior belga é também tema no “Jornal de Negócios” e no “Diário de Notícias”. A Bélgica receia que os migrantes tentem chegar ao porto belga de Zeebrugge, para atravessar o Canal da Manca através de uma rota diferente. Com a Bélgica, são agora sete os países do espaço Schengen que reintroduziram controlos de fronteira em resposta à crise dos refugiados.

De volta ao “Diário Económico”, cita-se o Director da Frontex. O responsável máximo pela Agência Europeia de Gestão de Fronteiras prevê que continuem a chegar refugiados em massa à Europa. Numa conferência de imprensa em Berlim, Fabrice Leggeri apontou a guerra civil na Síria, as dificuldades económicas e políticas nos Balcãs e em “muitos países de África” como as razões geopolíticas para a sua previsão.

Lá por fora, fala-se da possível saída britânica da União, o chamado “Brexit”. No “Express”, cita-se um alto dirigente conservador que diz que David Cameron será obrigado a resignar ao cargo se fizer campanha pela permanência e o referendo der um resultado contrário às suas pretensões. Nadine Dorries, que vai fazer campanha pela saída, diz que as hipóteses de Cameron continuar em Downing Street são poucas se sair derrotado do referendo de 23 de Junho.

Ainda no britânico “Express”, pode ler-se que o “Projecto Medo de Cameron volta a atacar”, com os generais britânicos a dizer que o Reino Unido estará mais seguro incluído na União Europeia. A expressão “Projecto Medo” refere-se à estratégia que o Primeiro-ministro britânico está a ter para defender a permanência e tentar convencer o eleitorado das vantagens de fazer parte dos “28”. Agora, são chefes militares a acenar com o medo do Estado Islâmico e a dizer que “juntos somos mais fortes”. A carta dos 13 antigos comandantes dos diversos ramos das Forças Armadas de Sua Majestade é também destaque do “Telegraph”.

Finalmente, no “The Guardian”, revela-se que a BBC vai emitir três debates a propósito do referendo de Junho. Um deles poderá ser feito no estádio Arena de Wembley.

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