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Revista de Imprensa de temas europeus (04/03/2016)

​Tusk diz aos imigrantes ilegais: “Não venham para a Europa"

04 mar, 2016


A declaração do presidente do Conselho Europeu está nos jornais desta manhã. De forma clara, é a primeira vez que uma instituição mostra uma posição tão firme (ou dura) em relação aos refugiados.

Donald Tusk esteve ontem na Grécia e, depois do encontro com o primeiro-ministro Alexis Tsipras em Atenas, pediu a todos os imigrantes ilegais que não viajem para a Europa, que não acreditem nos traficantes e que não arrisquem a vida. Donald Tusk tenta, assim, dissuadir todos aqueles que não são sírios ou iraquianos a atravessarem o Mediterrâneo.

O “El Pais” diz que esta foi a declaração mais clara e directa alguma vez feita pelas instituições europeias. O discurso europeu face à crise migratória tem endurecido à medida que se multiplicam o número de migrantes e refugiados que chegam à Europa. As declarações de Tusk mostram o desespero e a impotência dos Governos para lidar com esta crise.

Em Espanha, esta sexta-feira, os deputados do Congresso votam de novo a investidura de Pedro Sanchez. O “Jornal de Negócios” diz que o líder do PSOE tenta hoje de novo ser líder de Governo.

O “El Pais” conta os meandros das negociações. Mariano Rajoy - o líder do PP - vai falar com Sanchez para o responsabilizar do actual impasse político. É a estratégia para novas eleições. Como já é esperado o chumbo logo à tarde no Congresso, as negociações são retomadas amanhã.

O “El Mundo” diz que está inaugurada mais uma campanha eleitoral. Na Irlanda, uma semana depois das eleições, foram divulgados os resultados oficiais. O “Jornal de Negócios” noticia que estes dados confirmam o Parlamento mais fragmentado com coligações difíceis que antevêem já a necessidade de novas eleições.

O “Diário Económico” dá conta da cimeira que decorreu ontem entre o Reino Unido e a França. A poucos meses do referendo, François Hollande avisa que pode deixar de controlar a fronteira de Calais se o Reino Unido sair da União Europeia, abrindo assim a passagem aos migrantes ilegais. Uma declaração que indignou os eurocépticos britânicos, que consideram uma ameaça velada contra o Reino Unido. Garantem mesmo que é pura propaganda produzida pelos Governos europeus a pedido de David Cameron.

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