09 mar, 2016
A ONU critica o plano da União Europeia e da Turquia para conter refugiados. O jornal brasileiro “O Globo” dá destaque a essa posição por parte das Nações Unidas. A proposta da União Europeia prevê, por exemplo, a deportação de todos os imigrantes que chegam à Grécia pela Turquia de forma ilegal. A maioria foge da guerra na Síria.
O plano é fazer uma troca: por cada cidadão da Síria mandado de volta para solo turco, a União Europeia receberia um sírio que já está na Turquia e que registou o pedido de asilo. Para lidar com a crise, a Turquia receberia benefícios: uma ajuda financeira de pelo menos 3 mil milhões de euros e uma aproximação sem precedentes à adesão à União Europeia. Mas a ONU lembra que a expulsão colectiva de refugiados é proibida pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
E não foi só a ONU. Também os eurodeputados criticam a proposta de acordo entre a União Europeia e a Turquia. Os líderes dos grupos políticos do Parlamento Europeu manifestaram-se contra um acordo entre os 28 e a Turquia que "dê cheques em branco" e viole o direito ao asilo. Em Estrasburgo assistiu-se a algo verdadeiramente inédito: o liberal Guy Verhofstadt assumiu estar ao lado, pela primeira vez, dos conservadores liderados por Syed Kamall. Esta estranha união é notícia no jornal "online" “Observador”, mas também no “Jornal de Notícias”.
Para além da ONU, grupos ligados à defesa dos Direitos Humanos criticaram também os planos conjuntos da União com a Turquia. É o destaque do norte-americano “LA Times”.
Em Portugal, no “Jornal de Negócios”, num artigo de opinião, João Carlos Barradas chama-lhe “O desatino da União Europeia”. O esboço de acordo entre Bruxelas e a Turquia é “inviável, iníquo, politicamente equívoco e atentatório dos direitos dos refugiados”.
De volta ao “Observador”, ainda o que se passou nos bastidores das negociações do Orçamento do estado para 2016. Sob o título “Plano B do Governo foi sempre Plano A em Bruxelas” explica-se que foi a Alemanha que pediu o plano com medidas adicionais na preparação do Eurogrupo de Fevereiro, mas não terá estado sozinha. Em Bruxelas, a expectativa foi sempre no sentido de as medidas serem para aplicar.
Na edição "online" do “Expresso”, mas também do “Público”, o desmentido do Palácio de Buckingham de que a Rainha seja a favor da saída da União Europeia. Foi com poucas palavras que Buckingham reagiu à manchete desta manhã do jornal britânico “The Sun”, em que se pode ler que a “Rainha apoia o Brexit”. Fontes oficiais vêm, então, dizer que a Rainha Isabel II mantém uma postura “politicamente neutra” sobre o referendo à saída do Reino Unido da União Europeia. A notícia vem também no “Telegraph” e na edição "online" da revista “Fortune”.