01 jun, 2016 • André Rodrigues
Bruxelas argumenta que a restrição a este tipo de serviços deve ser justificada e proporcional ao interesse público em jogo. A Comissão sugere que as proibições absolutas sejam utilizadas apenas como último recurso.
No “Negócios”, “Chegou o mês da tempestade perfeita”. O jornal soma uma série de acontecimentos a ter lugar durante o mês de Junho e diz que este será o mês de todos os riscos: já amanhã, há reunião do BCE e um encontro da OPEP para discutir a produção de petróleo; no dia 15 a Reserva Federal norte-americana poderá avançar com uma subida da taxa de juro de referência; a 16, o Banco do Japão deverá tomar a mesma decisão. O calendário do “Negócios” antecipa novo Verão quente na Grécia, caso o país não receba a segunda tranche do empréstimo. E o dia 23 de Junho pode ser decisivo para o futuro da União Europeia e do Reino Unido. É o dia em que os britânicos decidem se querem ou não permanecer entre os 28.
De resto, o “Brexit” continua a multiplicar estudos de opinião. O jornal “Guardian” publica duas sondagens que apontam para a vitória dos eurocépticos: a primeira, realizada ao telefone, com pouco mais de 1.000 eleitores entre 27 e 29 de Maio. Nesta sondagem o “Sim” ao “Brexit” obtém 45% dos votos, contra 42 que defendem a permanência a que se somam 13% de indecisos. No inquérito online, o número de participantes duplica – cerca de 2.000 – e os apoiantes do “Brexit” correspondem a 47% do universo dos inquiridos. 44% defendem a manutenção entre os 28. Os restantes 9% estão indecisos.
No jornal “Público”, “Médicos Sem Fronteiras reavaliam relação com a União Europeia”. Em causa, o acordo assinado a 20 de Março para a devolução à Turquia de todos os refugiados que cheguem às ilhas gregas desde essa data. Em resposta, esta organização não governamental decidiu recusar todo e qualquer financiamento vindo de Bruxelas.
No “Diário de Notícias”, um artigo de opinião de Adriano Moreira aborda “As fragilidades da União Europeia”. Um espaço a 28 que, segundo este professor universitário, “enfrenta riscos externos que não previu e cuja importância cresce em face das debilidades internas que descura”. Para Adriano Moreira: a situação no Médio Oriente, a ameaça do Estado Islâmico, as situações na Síria, Iraque e Líbia, as tensões com a Rússia, as divisões entre Estados europeus constituem um somatório de factores que agrava o clima de desconfiança entre eleitores e Governos.