09 jun, 2016 • André Rodrigues
Segundo o jornal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que está agendado para hoje um encontro entre os ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros com os embaixadores dos países da União Europeia acreditados em Lisboa. Em pano de fundo, escreve o “DN”, estarão eventuais penalizações por défice excessivo. Enquanto isso, os deputados negoceiam um voto conjunto contra as sanções.
Noutro plano, ainda no “Diário de Notícias”, “BCE já começou a comprar dívida de empresas”. Plano de 80 mil milhões de euros visa impulsionar a economia e estimular o crescimento dos preços.
O “Jornal de Notícias” apresenta os custos de uma eventual reposição de fronteiras na União: 230 mil milhões de euros. Escreve o “JN” que a abolição por 10 anos da livre circulação no espaço Schengen custaria 100 a 230 mil milhões de euros. De acordo com uma análise feita pelo Parlamento Europeu, cada contribuinte europeu teria de pagar 17 euros para reerguer as fronteiras internas.
Estamos a duas semanas do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia e o “Público” traz nas páginas centrais um dossier com 15 perguntas e respostas sobre o “Brexit”: “23 de Junho, o como e o porquê de uma decisão histórica”. O jornal lembra que tudo começou por ser um expediente político. A promessa de David Cameron de dar aos britânicos a escolha entre ficar ou sair da União Europeia. É a segunda vez na história que a Grã-Bretanha é chamada a decidir sobre a permanência no projecto europeu.
Já a BBC antecipa os avisos de Tony Blair e John Major sobre o voto no referendo de 23 de Junho. Os dois antigos chefes do Governo vão estar hoje em Belfast, a capital da Irlanda do Norte. O palco escolhido para relembrar que a unidade do próprio Reino Unido está no boletim de voto. Blair e Major consideram que uma saída poria em risco a paz na Irlanda do Norte e reacenderia os apelos à independência escocesa.
As euro-resistências também em destaque na imprensa francesa: o “Le Figaro” divulga uma infografia que revela que o eurocepticismo dos britânicos é ultrapassado pelo dos franceses. A base é um estudo de opinião desenvolvido pelo Pew Research Center dos Estados Unidos que indica que no mês de Maio 61% dos franceses tinham uma opinião muito negativa em relação à Europa dos 28.