18 jul, 2016
No “Público”, “Costa diz a Bruxelas que tem verba para impedir derrapagem do défice”. Numa carta enviada à Comissão Europeia, o Primeiro-ministro defende Portugal da aplicação de sanções, dizendo que o Orçamento de 2016 tem uma folga cativa, uma almofada correspondente a 360 milhões de euros, ou seja, o equivalente ao desvio de 2015.
Ainda no “Público”, o rescaldo da tentativa de golpe de Estado na Turquia: “União Europeia diz apoiar Governo e Estado de direito, não Erdogan”. A notícia revela que, “em geral, os líderes europeus aplaudiram o fracasso do golpe de estado militar, que pôs em risco o Governo”. Mas é apenas uma questão formal, porque “a repressão com que Erdogan e o seu partido estão a reagir – aproveitando para limpar chefias militares e juízes – não deixa ninguém confortável”. Por isso, diz o “Público” no seu editorial: “Erdogan vai decidir o caminho da Turquia e a resposta da Europa deve ser inequívoca”.
No “Diário de Notícias”, um artigo de opinião de Wolfgang Münchau explica “Como tornar o ‘brexit’ gerível”. Para este editor do “Financial Times”, “há hipóteses de o Brexit poder ser gerido de uma forma, pelo menos, economicamente neutra”. Mas para que isso aconteça, Wolfgang Münchau defende que Theresa May – a nova Primeira-ministra britânica – terá de prosseguir “implacável com sentido dos objectivos com que actuou na semana passada, quando deu por terminada a estratégia económica de austeridade seguida por David Cameron.
Em França, o ”Le Figaro” dá conta das críticas da União Europeia à repressão na Turquia. Citando o comissário europeu para o Alargamento, a rápida detenção de um grande número de juízes, após a tentativa de golpe de estado sugere que o Governo tinha, antecipadamente, uma lista para este fim.
No “El Pais”, “Governo rejeita pedidos da União Europeia para mais ajustes”. O jornal escreve que o Governo em funções de Mariano Rajoy não vê necessidade de medidas adicionais. Bruxelas pede 10 mil milhões em troca do perdão da multa a Espanha por incumprimento do défice. Na resposta, o executivo de Madrid acena com níveis de crescimento acima dos t3% nos últimos anos e defende que, mantendo a trajectória, todos os objectivos serão cumpridos, sem necessidade de novos ajustes.