03 ago, 2016 • André Rodrigues
“Depois da troika ficou mais fácil despedir”. É o que revela um estudo do Banco Central Europeu e do Banco de Portugal publicado no ‘Diário de Notícias’, segundo o qual 33% dos patrões portugueses dizem ser mais fácil despedir individualmente e baixar salários face a 2010.
O estudo acrescenta que em Espanha e na Grécia são ainda mais evidentes as alterações que facilitam a eliminação de postos de trabalho por parte das empresas.
O ‘Jornal de Notícias’ publica um artigo de opinião de Emídio Gomes. O professor catedrático da Universidade do Porto fala sobre “O silêncio da Grécia” ao longo das últimas semanas em que as hipotéticas sanções a Portugal e Espanha estiveram em cima da mesa.
Emídio Gomes recua a Janeiro de 2015, o momento em que Alexis Tsipras assumiu a liderança do governo de Atenas. Passada a euforia, a Grécia rejeitou em referendo a austeridade imposta pelos credores. Tsipras demitiu-se, vieram novas eleições e um terceiro resgate negociado em condições bem mais desfavoráveis. Emídio Gomes conclui, neste seu artigo no ‘JN’, que esse é o lado mais obscuro das crises e estabelece um paralelo com a realidade portuguesa: “a ilusão das soluções milagrosas normalmente desfaz-se quando confrontada com a realidade”.
No ‘Público’, “Bruxelas abre investigação a decisão da ANACOM sobre a rede de fibra da PT”.
A Comissão Europeia quer saber se a decisão de não impor à PT que abra a rede de fibra a outras empresas viola as regras comunitárias da concorrência. Em causa, escreve o jornal , está o acesso de outros operadores à infra-estrutura da PT nas regiões consideradas não competitivas e onde não se antecipam investimentos significativos nas redes de fibra.
Ainda no ‘Público’, “Que futuro? Qual Europa?”.
João Caraça escreve um artigo de opinião onde refere que, após o Brexit, dificilmente o Reino Unido recuperará o prestígio. Diz o professor universitário que “uma nação refém dos Estados Unidos tão cedo não funcionará de novo como um farol dos valores democráticos”.
Quanto à França dificilmente sairá da armadilha da união política das duas alemanhas. E conclui: “ainda teremos de agradecer à velha Inglaterra o ter impedido a formação do IV Reich”.
O jornal ‘i’ fala de “Dijsselbloem. O falcão do Eurogrupo que pode ser varrido do mapa em 2017”.
É que faltam nove meses para as eleições na Holanda mas as sondagens indicam que o partido trabalhista, a família política do presidente do Eurogrupo, pode ser um dos grandes derrotados.
Se isso acontecer, o jornal antecipa “o fim da carreira de Jeroen Dijsselbloem à frente do Eurogrupo”.