01 ago, 2016 • André Rodrigues
“União Europeia valida multa zero e novas metas de défice”. É título no ‘Jornal de Negócios’ que adverte, contudo, que a pressão de Bruxelas sobre os orçamentos nacionais regressa logo a seguir ao Verão, com o risco da suspensão de fundos estruturais.
Ainda no ‘Negócios’, a Comissão Europeia considera que os testes de stress ao sector bancário europeu confirmam que as instituições financeiras da União Europeia são cada vez mais resistentes.
“O que aproxima a Itália e Portugal”. É o título de um artigo de opinião do embaixador italiano em Lisboa.
Giuseppe Morabito considera que “a situação económica e a relação com a União Europeia” são constrangimentos partilhados por ambos os países a braços com as fragilidades dos sistemas financeiros.
Morabito lembra que “a economia italiana e a portuguesa saíram de uma crise terrível”, pelo que – diz o embaixador neste artigo do ‘Diário de Notícias’, é necessário “tomar medidas para o crescimento da economia, promover investimentos e criar postos de trabalho”.
Na secção de economia do italiano ‘La Stampa’, uma entrevista ao presidente da Comissão dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia.
Roberto Gualtieri defende que a anulação das multas a Portugal e Espanha por causa dos défices excessivos “foi uma decisão sensata, de acordo com as regras”, e que demonstra que “a questão chave é a vontade política”.
Gualtieri diz mesmo que “o Pacto de Estabilidade deve ser simplificado e reformado para melhor apoiar o investimento e a coesão social”.
No ‘Le Monde’, atenções voltadas para a Polónia: “Presidente promulga nova lei controversa sobre o Tribunal Constitucional” que, segundo o jornal, é motivo de preocupação tanto para a União Europeia como para os Estados Unidos.
Escreve ainda que na passada quarta-feira, dia 27, Bruxelas deu três meses ao governo polaco para avaliar o funcionamento do tribunal constitucional. Varsóvia acusa este organismo de estar ao serviço da oposição e a União Europeia considera que os governantes polacos estão a pôr em causa uma instituição central do estado de direito.
E, no limite, é de admitir que a Polónia não escape a sanções, como a suspensão dos direitos de voto do país dentro da União Europeia.
A agência EFE publica os dados do mais recente Eurobarómetro. Os cidadãos europeus consideram que a imigração (48%) e o terrorismo (39%) são os maiores desafios que a União Europeia enfrenta actualmente.
Estes dois tópicos estão bem acima das preocupações com a situação económica, que é destacada por 19% dos inquiridos.