30 dez, 2016
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É uma notícia a merecer amplo destaque esta manhã no site da Renascença, que reproduz declarações do ministro do Ambiente à agência Lusa. Matos Fernandes confirma que Portugal vai apresentar queixa formal em Bruxelas - contra Espanha, depois de o Governo de Madrid ter autorizado a construção de armazéns de resíduos nucleares na central de Almaraz, a 100 quilómetros da fronteira com o nosso país. O executivo acusa o homólogo espanhol de ter tomado esta decisão sem o necessário e obrigatório estudo de impacto ambiental e sem dar conhecimento a Lisboa. Matos Fernandes declara-se estupefacto e diz não haver outra alternativa a não ser a queixa em Bruxelas, porque Madrid agiu de forma ilegal.
Esta manhã é também notícia o reforço da guarda costeira europeia por elementos portugueses. Segundo o “Diário de Notícias”, “Portugal indica 47 peritos das forças policiais para a guarda costeira da União Europeia”. O jornal conta que este grupo especial de reserva, composto por 1.500 efectivos, foi criado pela Frontex – a Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira – com o objectivo de apoiar os Estados-membros que se encontrem sob maior pressão migratória e de refugiados. Do lado português, a GNR é a força que mais efectivos disponibiliza a este efectivo que conta ainda com elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Polícia Marítima.
Nas páginas do jornal “Público” pode ler-se “Marine Le Pen vai vencer e a França vai sair do Euro”. A afirmação é de Claudio Borghi. O economista italiano dá uma entrevista ao jornal e diz acreditar que o projecto europeu está condenado e será recordado no futuro como “um monstro”, à semelhança do que aconteceu com a União Soviética. Borghi defende que “sair do euro é a única forma para voltar a crescer”. Já sobre o Brexit, este especialista adverte que – de momento – os mercados, que normalmente antecipam o que vai acontecer a seguir, estão tranquilos. A incerteza, diz Cláudio Borghi, “vem da União Europeia e não parte da Grã-Bretanha”.
Tudo isto acaba por pôr em causa a própria legitimidade do projecto europeu. É essa a chamada de atenção que é feita pelo “EU Observer”, que deixa um alerta para memória futura: os referendos são perigosos para a União Europeia. E basta ver que todos os que se realizaram em anos recentes, sobre Europa, resultaram invariavelmente na mesma resposta. E a resposta é ‘Não’.