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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Uma crise nunca vem só

24 mar, 2020 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Os clubes vão conseguir sobreviver e refazer as suas práticas? Nos moldes que vinham praticando até aqui, claro que não.

“O futebol nunca mais será o mesmo, nem nas nossas vidas”.

São palavras do técnico de futebol Jesualdo Ferreira a um portal brasileiro, ditadas por uma experiência de muitos anos, que vão inapelavelmente ao encontro de uma verdade que muitos ainda teimarão em não aceitar.

Mas a realidade está ali toda numa simples frase, que nos desperta para um futuro carregado de interrogações.

As mudanças na sociedade, por força de uma pandemia de duração e consequências por enquanto difíceis de prever, abrangem todos os sectores da vida, deles não podendo subtrair-se o Desporto, de forma abrangente e, de modo muito especial, o futebol.

A paralisação registada em diversos países, mas com incidência maior na Europa, está já a tirar o sono a muita gente.

Claro que os adeptos são afectados, mas o mal maior projecta-se sobre clubes e praticantes, aos quais começa a faltar o seu sustento e, pior do que isso, uma perspectiva de futuro sem capacidade para remediar o descalabro que começa a estar cada vez mais à vista e que vai deixar sequelas por muito tempo.

Clubes de portas fechadas, atletas sem saber que rumo dar às suas vidas, competições com barreiras intransponíveis à sua frente, as mais recentes das quais erguidas pela Uefa ao adiar, sine die, as finais europeias dos seus principais torneios que, em princípio, deveriam ter lugar no próximo mês de Maio.

Com este quadro bem à nossa frente, é altura de perguntar como vai ser resolvida a situação de tantos milhares de protagonistas que vivem e dependem do futebol?

Os clubes vão conseguir sobreviver e refazer as suas práticas? Nos moldes que vinham praticando até aqui, claro que não.

Há, no entanto, algumas situações que se afiguram de mais urgente resolução.

Todos os dias, as notícias nos entram pela casa dentro transportando dramas de jogadores e suas famílias, cuja sobrevivência está a transformar-se num autêntico pesadelo.

Enquanto não é possível ultrapassar esta fase, é pois este o tempo de tanto a Liga de Clubes como a Federação saírem dos seus casulos e acorrerem àqueles que durante muitos anos contribuíram para o abarrotar dos seus cofres.

Comentários
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  • susana fonseca
    28 mar, 2020 lisboa 17:23
    NAO PODEM CANSELAR OS VOO AS PESSOAS PRECISA DE REGRESSAR A CASA DE LISBOA DA MADEIRA PARA LISBOA ESTE ANO 2020 SUSANAFONSECA76@GMAIL.COM
  • 24 mar, 2020 17:03
    Como estou de quarentena devido ao Covid 19 e não por DISTRAÇÃO não posso deixar passar esta oportunidade de dizer o seguinte: como o Autor deste artigo esteve praticamente onde eu estive e como nessa altura devia, concerteza, ter conhecimento o Futebol Clube do Moxico foi Campeão de Futebol de Angola nos anos 1972/1973. Como também sabe esse Clube tinha as suas Instalações na Cidade do Luso bem na Zona Militar Leste a qual não tinha vida simplificada mas sim fustigada. Ora esses Jogadores sabiam que se encontravam em perigo e de que maneira contudo foram bravos Guerreiros. Falo neste Clube porque também éramos " METROPOLITANOS ". Era a maneira de fazermos o tempo passar depressa e não pensarmos no risco e apenas era recebido como contrapartidas uns almoços ou jantares. Hoje não, hoje é a época dos MILHARES e MILHÕES. Claro que não me refiro ao Estado de Emergência que vivemos pois ela é por mim aceite mas não pode ser a CAUSA de muitos males que aí virão. Será que os Dirigentes dos Clubes e SADs descerão os seus Ordenados? Será que aqueles Jogadores que recebem MILHÕES/ANO já propuseram baixar ordenados? Será que as Federações e Ligas já propuseram um certo número de acções para correção de atitudes por parte dos Jogadores que devem ser banidas do RECTÂNGULO de jogos? Refiro-me fundamentalmente ás " BISGAS " e á permanência dos Jogadores substituídos no banco após a substituição. São algumas alterações que já deviam ter sido equacionadas e ainda nada foi feito. Saúde a todos
  • Diogo Pinto
    24 mar, 2020 Nevogilde 10:57
    Ó meu caro Ribeiro Cristóvão ! Como está ? Ora doutor , o Jesualdo equivocou-se . Então e os Invernos rigorosos , então as más arbitragens , então as más condições de trabalho , então as más exibições , então os períodos de guerra , não serão estes factos suficientes para eu lhe assegurar que nada nem ninguém acaba com desporto Rei . Futebol joga-se no quarto de banho com um rolo de papel higiénico . Futebol joga-se sozinho ou com o cão ! Ó Ribeiro , e , você bem o sabe !