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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Quando o Panzer acelerou…

21 out, 2021 • Opinião de Ribeiro Cristovão


O Benfica esteve no jogo até ao minuto 70, mas estava sempre no ar a ideia de que a balança acabaria por pender para o lado do Bayern.

Havia claro conhecimento antecipado que o Benfica iria passar por grandes dificuldades frente ao Bayern de Munique mesmo sabendo-se que o jogo era no Estádio da Luz e que o incessante apoio do seu público poderia ajudar a minimizar os estragos.

E assim aconteceu durante setenta minutos.

Nesse período a equipa benfiquista esteve sempre em jogo, e até foi capaz de construir algumas jogadas que levaram perigo às balizas alemãs, onde um dos melhores guarda-redes do mundo teve sempre o talento suficiente para evitar que a equipa portuguesa se adiantasse no marcador.

Além disso, os bávaros também chegaram amiúde ao último reduto benfiquista, deixando sempre a ideia de que mais tarde ou mais cedo a balança haveria de acabar por pender para o seu lado.

O minuto setenta, quando o Bayern já se manifestava por cima do jogo, foi crucial para o que aconteceria a seguir. Ou seja, a brutal máquina germânica passou a rolar com toda a intensidade, em contraste com a quebra física e anímica já então evidenciada pela equipa comandada por Jorge Jesus.

As substituições no jogo da Luz também foram decisivas, pois enquanto as mudanças no Benfica baixavam claramente o rendimento global da equipa, na formação bávara a sua estrutura subiu de forma evidente, contribuindo de forma decisiva para o afundamento português. Ngabry tornou-se aí no grande carrasco do conjunto português.

A ideia de que o Benfica possui uma segunda equipa de grande qualidade foi desmentida mais uma vez ontem à noite. Os suplentes que entraram a partir dos 76 minutos, Everton, Gonçalo Ramos, Pizzi e Taarabt, haviam sido todos titulares no desafio na Trofa, marcado por exibições medíocres de alguns destes atletas. E o que fizeram frente ao Bayern pouco foi além do zero.

Apesar do resultado de ontem e das causas que possam estar na sua origem, nada está perdido pelo Benfica na Liga dos Campeões Europeus. Pelo contrário, continua em aberto a possibilidade de chegar à fase a eliminar, se entretanto algumas coisas mudarem para melhor nos próximos e decisivos jogos.

Em relação à jornada de ontem é também justa uma referência aos portugueses do Manchester United.

Sem Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes, Old Trafford teria acabado por se transformar no verdadeiro teatro dos pesadelos.

Comentários
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  • Cidadao
    21 out, 2021 Lisboa 14:57
    Foi Simplesmente a queda na Real. Quem tem Ngabrys, Stanisics, Lewandowskis, Sanés, Neuers entre outros, está sempre em vantagem sobre quem tem Evertons, Pizzis, Diogos Gonçalves, Taarabts, Gonçalos Ramos, etc, etc. Arreganho e "raça", ajudam a disfarçar, mas mais cedo ou mais tarde o Jogo inclina-se para quem tem o verdadeiro Poder de fogo. Realidade, apenas isso. O Bayern está fora da nossa Liga. Este não é o nosso campeonato, e muitas léguas temos de percorrer para jogar a este nível, se é que alguma vez o vamos conseguir. Guardem-se para o Barcelona. Esse é que é o "nosso" adversário e que temos de vencer se querem passar a fase de Grupos.