21 set, 2022
Soaram as trombetas por todo o país desportivo quando chegou ao conhecimento do público que Rafa, jogador do Benfica, decidira abandonar, para sempre, a seleção nacional, não correspondendo assim à convocação que feita por Fernando Santos, selecionador nacional, alguns dias antes.
O assunto já foi discutido amplamente em todos os quadrantes, sem que tenham sido unânimes as apreciações feitas à atitude do jogador. Como, aliás, de esperava.
Rafa está no seu pleno direito de não desejar continuar a merecer a atenção do selecionador português. Muito embora esse seja o desejo de praticamente todos aqueles que um dia ambicionaram tornar-se jogadores profissionais de futebol, o internacional benfiquista guinou em sentido contrário.
A atitude de Rafa não nos pareceu aceitável e, sobretudo, tomada fora de tempo. Se, antes de ser convocado para os dois jogos que agora vão ter lugar, tivesse abordado Fernando Santos dando-lhe conta da sua indisponibilidade, tudo teria sido diferente. Fazê-lo à posteriori, não representou apenas um ato de desconsideração para com o selecionador, mas em especial para o futebol português, no qual milita e tem ganho a sua vida de forma inacessível à quase totalidade dos cidadãos portugueses.
Rafa também não é um jogador que se coloca aparte de várias polémicas nas quais tem estado envolvido. Além disso, o seu relacionamento com colegas de trabalho também não parece ser de grande proximidade. Pelo menos, é isso que refletem muitas das imagens com que o procura a generalidade da comunicação social portuguesa.
Apontado pela imprensa, há algum tempo, como um dos fautores da crise que se instalou no Benfica e deu azo ao despedimento, primeiro de Bruno Lage e depois de Jorge Jesus, sem que essas notícias tenham sido desmentidas na altura, contribuiu assim para o reforço de uma imagem difusa que se instalou entre os adeptos.
Agora que a tempestade passou, é tempo de dar à seleção toda a atenção, já que estão à porta dois desafios, nos quais interessa tornar possível alcançar bons resultados, se queremos continuar a ter ambições na Liga das Nações, cuja primeira edição foi ganha por Portugal.