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PS avisa professores que diálogo tem como limite "capacidades financeiras" do Governo. PSD alerta sobre "pressão brutal" causada pelas greves
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PS avisa professores que diálogo tem como limite "capacidades financeiras". PSD alerta para "pressão brutal" das greves

20 jan, 2023 • Susana Madureira Martins


A falta de acordo entre o Governo e os sindicatos dos professores em destaque no São Bento à Sexta, com o líder parlamentar do PS a considerar que nenhuma das partes pode ter uma "posição completamente inflexível". Eurico Brilhante Dias avisa, contudo, que há um limite financeiro num "momento de elevada turbulência". Também em debate na edição desta sexta-feira, as buscas na câmara de Lisboa, agora com a constituição de seis arguidos, e que envolve o ministo das Finanças. Pelo PSD Joaquim Miranda Sarmento diz que com este caso, há "um padrão que começa a formar-se" em relação a Fernando Medina

Passado mais um dia sem acordo entre os sindicatos de professores e o ministro da Educação, o líder parlamentar do PS diz na Renascença que o setor conta com os socialistas e com o Governo "para um diálogo construtivo", mas que as negociações se situam "dentro de um limite" que é o das "capacidades financeiras" do Governo "num momento de elevada turbulência".

Eurico Brilhante Dias alerta que se as partes - Governo e sindicatos - tiverem "uma posição completamente inflexível é perfeitamente contraproducente" e que isso "não seria adequado".

Fica ainda a garantia do dirigente socialista que "o PS não irá regressar à frase que diz que perdemos os professores, mas ganhámos as famílias". e que o setor pode contar com o grupo parlamentar socialista e o Governo para o tal "diálogo construtivo".

Pelo PSD, Joaquim Miranda Sarmento conclui que com as greves das últimas semanas, os professores mostraram que se "cansaram de muitas promessas e pouca execução" do Governo.

Para o líder parlamentar social-democrata, "perante uma situação muito difícil, as greves estão a colocar pressão ainda maior sobre um sistema de ensino", salientando que as escolas começaram "o ano letivo com 60 mil alunos sem professores".

Ora, conclui Miranda Sarmento, "os problemas já eram gravíssimos e esta greve veio criar uma pressão ainda mais brutal sobre as escolas e as famílias.

PS vê em Medina "um bom ministro das Finanças". PSD só ouve Medina dizer "não sabia, não vi"

Com Fernando Medina fora da lista dos seis arguidos constituídos esta sexta-feira, na sequência das buscas à Câmara de Lisboa, o debate do São Bento à Sexta centrou-se nas condições políticas do ministro das Finanças para continuar ou não no Governo.

Para o líder parlamentar do PSD, a conferência de imprensa de Medina esta quinta-feira mostrou "um padrão que começa a formar-se" em relação ao ministro das Finanças.

"Em tudo o que se lhe pergunta sobre a atuação política a resposta é sempre 'não sabia, não vi, não analisei", diz Miranda Sarmento.

O dirigente social-democrata argumenta que "no campo estritamente político" esta atitude de Medina "levanta muitas dúvidas se o ministro das Finanças tem a autoridade que um ministro das Finanças precisa para junto dos seus colegas de Governo ser o guardião da boa gestão dos dinheiros públicos".

Na réplica, o líder parlamentar do PS diz que vê em Medina "um bom ministro das Finanças", que no "essencial conduz a política financeira e nisso tem mostrado que é um bom ministro".

Eurico Brilhante Dias salienta ainda que o próprio Presidente da República considerou, em declarações à CNN, que os esclarecimentos de Medina sobre as buscas e o facto de ter-se colocado à disposição da Procuradoria geral da República foram "um bom exemplo".

O dirigente socialista diz que a investigação ao caso "deve correr, quando há dúvidas deve-se investigar", mas considera "errado" que se pegue na investigação e utilize "esse tipo de instrumentos, não para fazer política a sério, mas para minar a autoridade política do adversário".

Recuperando a operação Vórtex, que envolve um ex-autarca socialista e um atual deputado do PSD, Brilhante Dias diz que se recusa a falar desse processo e "menos de qualquer associação do presidente do PSD à volta", rematando que "a política da lama tem um problema, só afeta os democratas".

No frente-a-frente com Miranda Sarmento, o líder parlamentar do PS reconhece que o partido tem "vários casos e casinhos", mas alerta que esses casos "passam sempre da esfera do partido de Governo para os partidos da oposição que têm exercicio de poder".

Ou seja, o que se passa agora com a maioria absoluta do PS existirá na mesma medida quando o PSD for poder, na opinião do dirigente socialista. "Se não protegermos a política e a democracia enlameando tudo à volta estamos a fazer um péssimo serviço à democracia", remata Brilhante Dias.

Ora, Miranda Sarmento argumenta que "as críticas à autoridade política de Fernando Medina não começaram ontem" após a conferência de imprensa do ministro das Finanças, reconhecendo que o caso da TAP a envolver a ex-secretária de Estado do Tesouro e o da câmara de Lisboa são "muito diferentes".

O líder parlamentar do PSD insiste que o ministro das Finanças "está fragilizado e é por causa da forma leviana como escolhe uma secretária de Estado para a NAV e depois para a TAP", acrescentando que "tudo o resto adiciona fragilidade".

Miranda Sarmento recusa que o PSD esteja a trazer "lama" para o debate com as críticas a Medina. "Não vale a pena baralhar e falar em enlamear. O que fragilizou o ministro das Finanças foram as opções políticas na forma como conduziu o processo político relativamente a Alexandra Reis", conclui o dirigente social-democrata.

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  • Petervlg
    23 jan, 2023 Trofa 17:53
    Não sou professor, é uma vergonha o que os governantes tem feito aos professores e não só a todas as pessoas que estão ligadas ao ensino. Dizem-se, preocupados com os alunos, tenham vergonha na cara, se tivessem preocupados com os alunos já tinham, resolvido as coisas, ou para o PS a educação não é essencial ao pais? O PS esta a ir pela lei do antigo regime, Portugal a criar analfabetos, e se possível que estes votem no PS
  • Consequência
    20 jan, 2023 Eleições Antecipadas 20:52
    Os professores podem contar tanto com os seus inimigos figadais que são os deputados PS, como estes podem contar com os professores para votarem neles nas próximas eleições, que podem ser muito antes dos 4 anos de Legislatura... O Socas deu carta branca à Lurdinhas e perdeu a Maioria Absoluta. O Costa é o próximo
  • Mais nada
    20 jan, 2023 ministerio das tretas 20:46
    Não há qualquer diálogo construtivo entre o PS e os professores, aliás o PS é o pior inimigo, um inimigo figadal dos professores. Tudo começou com a "Lurdinhas" e continua agora com o Costa II. A farsa negocial que ocorreu nos últimos 3 dias, depois daquele desastre que foi a entrevista do ministro a tentar desastradamente criar uma vaga de fundo para virar os Pais contra os professores, tentativa completamente falhada aliás, a tentativa de emendar a mão com apelos ao "bom-senso", "serenidade" - um incendiário falhado a falar em serenidade ... - enquanto o Medina e o Costa I na retaguarda fazem a apologia do "não há dinheiro" - depois de 3 200 milhões metidos na TAP, 25 000 milhões na Banca, recordes sucessivos de receita fiscal dos impostos estratosféricos que nos são exigidos e dos 40 milhões que entram diariamente no País, dizer que não há dinheiro só convence os avençados que por exemplo andam aos enxames no jornal" Público". As hostes PS, com "diálogo construtivo" apenas querem dizer "habituem-se" ou " resignem-se e voltem ao trabalho". Mais nada