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Operação no Martim Moniz: PS acusa Governo de "competir" com o Chega. PSD diz que ainda não se sabe

Operação no Martim Moniz. PS acusa Governo de "competir" com o Chega, PSD pede tempo

20 dez, 2024 • Tomás Anjinho Chagas


Miguel Costa Matos (PS) e Francisco Sousa Vieira (PSD) debatem as novas leis de restrição de não-residentes ao SNS, a vontade dos socialistas de alargar o prazo do aborto e a aparatosa operação policial no Martim Moniz.

Miguel Costa Matos, deputado do PS, acusa o Governo da AD de estar em competição com o Chega para ver quem é o partido "mais securitário", depois da aparatosa operação policial no Martim Moniz, onde as autoridades encostaram largas de dezenas de imigrantes à parede mas acabaram por ser apenas detidos dois portugueses.

Durante o programa São Bento à Sexta, da Renascença, o deputado socialista afirma que "um país decente tem de se corar de vergonha" depois dos acontecimentos da passada quinta-feira, na Rua do Benformoso, no coração de Lisboa.

Em resposta, Francisco Sousa Vieira, deputado do PSD, afirmou que é preciso esperar para tirar conclusões sobre esta operação policial, e provocou os socialistas lamentado que o PS tenha deixado de ter "os princípios de cautela de Mário Soares", acusando a oposição de se precipitar a comentar estes temas.

Novas regras do SNS: PSD fala em "questão de princípio"

Já sobre as novas regras aprovadas esta semana no Parlamento que limitam o acesso ao SNS por parte de estrangeiros não residentes em Portugal, o PS acusa o Governo de criar uma tempestade num copo de água e a tornar o problema maior do que ele é na realidade.

Em resposta, Francisco Sousa Vieira, do PSD, rejeitou que o Governo esteja a exagerar e assegurou que "é uma questão de princípios" evitar que haja pessoas a beneficiar do SNS sem pagar impostos em Portugal.

IVG: PS não abdica de tentar alargar prazo mesmo sem aprovação garantida

Em janeiro o PS vai tentar alargar o prazo para a interrupção voluntária da gravidez, das atuais 10 para 12 semanas. Miguel Costa Matos não teme que a maioria de direita no Parlamento altere fundamentalmente a despenalização do aborto.

Do lado do PSD, não há ainda novidades. O deputado Francisco Sousa Vieira afirma que "PSD tem histórico de confiança com os militantes", mas não revela como é que o partido vai votar essa proposta, nem responde se os deputados do PSD deviam ter liberdade de voto - como é tradicional em matérias de consciência e que não constam no programa eleitoral do PS e PSD.

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