29 jun, 2016 • Ana Carrilho
Quarenta e sete milhões e meio em todo o mundo, nove milhões na Europa. Em Portugal há 182 mil pessoas com demência, 80 mil das quais, com Alzheimer. São os últimos números oficiais mas que não reflectem a realidade, bem pior.
Sem boas notícias para dar à sociedade, os especialistas afirmam categoricamente: são doenças do foro neurológico, ligadas ao envelhecimento da população, que vieram para ficar.
Ao lado de cada doente há pelo menos um cuidador informal, geralmente familiar. São pessoas que, frequentemente, abdicam da vida pessoal e familiar para cuidar dos doentes.
Dificuldades em lidar com a doença, depressão, problemas financeiros, marginalização social e familiar, dificuldade no acesso ao apoio médico e domiciliário são alguns dos obstáculos que têm que ultrapassar no dia-a-dia.
Preocupações que foram partilhando nas redes sociais e que levaram à ideia de fazer um encontro nacional.
O apoio financeiro e logístico veio da eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, e do grupo confederal da Esquerda Unitária do Parlamento Europeu (GUE/NGL). A Universidade Católica foi a anfitriã do Encontro Nacional de Cuidadores de Alzheimer, que se realizou no passado dia 18 de Junho.
A Renascença falou com alguns dos participantes sobre o seu dia-a-dia de cuidadores e com a eurodeputada Marisa Matias, vice-presidente da Alzheimer Europe.