22 jul, 2016 • Sérgio Costa , André Rodrigues
François Hollande passou esta semana por Lisboa, onde reafirmou que – caso se concretizem – os castigos de Bruxelas por défice excessivo “serão injustos”, sobretudo porque ignoram os enormes sacrifícios feitos pelos portugueses nos últimos anos.
Enquanto isso, o Primeiro-ministro português assegura que as metas do défice para este ano não necessitam de medidas adicionais. António Costa enviou a Bruxelas uma carta, aludindo a uma almofada de cativações correspondente a 0,2% do Produto Interno Bruto, tudo para convencer a Comissão Europeia a aliviar eventuais sanções.
Golpe de Estado na Turquia com afastamento da UE
A Turquia suspendeu a Declaração Europeia dos Direitos do Homem, após o anúncio de que entraria em vigor o estado de emergência no país. São ainda os efeitos da tentativa falhada de golpe militar da passada sexta-feira, que levaram até o Presidente Erdogan a admitir a reposição da pena de morte no país. Mas Bruxelas avisa: se isso acontecer, a Turquia pode “dizer adeus” à União Europeia.
Certo é que, apesar das ameaças de Bruxelas, Erdogan parece dar sinais evidentes de que a Turquia pretende fazer o seu caminho, indiferente às pressões vindas de Bruxelas. Ora, a União Europeia assinou um acordo com Ancara – visando a gestão da crise dos refugiados, que é um tema altamente sensível.
Refugiados: números assustam
Pelo menos 3.000 migrantes e refugiados morreram no Mediterrâneo desde o início do ano. O número acaba de ser avançado pelo Observatório Internacional para as Migrações. De acordo com a agência Reuters, que cita declarações de Joel Millman - porta-voz da organização – desde finais de Março registou-se uma média de 20 mortes por dia, sobretudo de migrantes e refugiados oriundos de países da África Subsaariana que tentavam chegar à Europa através da Líbia. A organização admite que 2016 poderá ser o pior ano a nível de mortalidade no Mediterrâneo.