30 nov, 2018
No passado domingo, os 27 Estados-membros reuniram-se em Bruxelas e, em apenas 38 minutos, aprovaram o acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, ou seja, o primeiro passo para a saída no próximo dia 29 de Março. Mas ainda falta a decisão do Parlamento britânico. A discussão começa na próxima semana e a votação está agendada para dia 11 de Dezembro.
Mas, nestes últimos dias, para além das contas aos deputados que podem chumbar o acordo, há outros alertas que mostram preocupação com a saída do Reino Unido da União Europeia. É o caso do que foi lançado pelo Banco de Inglaterra, ao dizer que uma saída sem acordo pode causar uma hecatombe para a economia, pior que a crise financeira de 2008, com uma redução do PIB em 8%. É um alerta que pode ajudar Theresa May na sua estratégia de ver aprovado este acordo na Câmara dos Comuns, isto numa altura em que há cada vez mais vozes a pedir um segundo referendo, até dentro do Trabalhistas.
No plano institucional, ainda ontem Michel Barnier, o negociador da União Europeia para o Brexit, foi ao Parlamento Europeu dizer que o tempo das negociações acabou e que agora é a hora para ratificar o acordo e a declaração política.
UE e a estratégia para o adeus aos combustíveis fósseis
Esta semana, a Comissão Europeia apresentou a estratégia de longo prazo para abandonar até 2050 os combustíveis fósseis. A poucos dias do arranque na Polónia, da Cimeira do Clima das Nações Unidas, a Comissão quer tornar a Europa na primeira grande economia mundial a funcionar de forma neutra para o ambiente no que toca às emissões de gases com efeitos de estufa. O comissário europeu para a Energia e Acção Climática reconhece que este objectivo vai exigir uma transformação no funcionamento da economia e no dia a dia dos europeus. Mas tem a certeza que é algo necessário para cumprir os objectivos a longo prazo no que toca a temperatura fixados no acordo de Paris.
A Leste tensão de novo
Esta semana fica ainda marcada pela tensão crescente entre a Ucrânia e a Rússia no mar Azov junto à Crimeia. No passado domingo, a Rússia atacou 3 navios da Marinha ucraniana alegando que não tinham obedecido às ordens e que estavam ilegalmente em águas russas. De imediato, Bruxelas pediu a libertação dos navios e da tripulação ucraniana retidos pela Rússia. A porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros considerou "inaceitáveis" os desenvolvimentos no mar de Azov e apelou a uma diminuição da escalada da tensão entre a Rússia e a Ucrânia na região.
Também o presidente do Parlamento Europeu, António Tajani, na abertura da sessão plenária, pediu à Rússia para respeitar a convenção das Nações Unidas e permitir a passagem dos navios ucranianos.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus