27 jun, 2019 • Pedro Caeiro e Vasco Gandra
O presidente do Conselho, Donald Tusk, responsável pela coordenação da cimeira está em contacto com os 28 por telefone a partir do Japão, onde se encontra para a reunião do G20. Lá também estão alguns dos principais líderes europeus como Merkel, Macron ou Sánchez que vão também discutir o assunto à margem dos trabalhos.
O objetivo é fechar um acordo antes do início da nova legislatura do Parlamento Europeu que deverá eleger o seu presidente na quarta-feira. Este cargo faz parte do pacote de nomes a escolher que inclui ainda os presidentes da Comissão, do Conselho, o alto representante diplomático da União, e ainda indiretamente o futuro presidente do Banco Central Europeu.
Entretanto, o novo Parlamento continua a sua organização interna para a legislatura que começa na próxima semana. Entre os portugueses em posição de destaque, o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel eleito vice-presidente do grupo do PPE. Já o PS pretende eleger Pedro Silva Pereira para uma das 14 vice-presidências do Parlamento Europeu.
Marcelo avisa Europa: Democracia nunca está “completa”
A democracia exige “um esforço diário” porque “nunca está completa”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa num discurso perante a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. A instituição tem sede em Estrasburgo e foi criada após a II Guerra Mundial para promover, sobretudo, a defesa do Direitos Humanos. Na sua intervenção em inglês e francês ouvida pela agência Lusa, o chefe de Estado mencionou Portugal, dizendo que existem preocupações para aumentar a democracia e a transparência. Disse que o país deve “combater a corrupção”, e ao mesmo tempo deve assegurar o respeito pelos direitos dos cidadãos.
O Presidente da República classificou o Conselho da Europa como a casa dos direitos humanos. E recordou a integração de Portugal na instituição, em 1976, sublinhando que foi uma “inspiração permanente”.
Ainda assim, a Europa deve fazer algumas reformas para “superar os seus desafios”, e isso passa, na opinião do chefe de Estado por “identificar o que tem de ser preservado : os direitos fundamentais, o Estado de direito, a independência dos magistrados, a liberdade e a tolerância.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou a garantia de que é possível contar com os portugueses na defesa da dignidade humana, dos direitos humanos e da democracia.
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