26 mar, 2020 • Vasco Gandra com Pedro Caeiro
É uma sessão plenária do Parlamento Europeu excepcional, devido ao contexto de pandemia do coronavírus o hemiciclo de Bruxelas está praticamente vazio só com alguns representantes em nome dos grupos políticos, já que a esmagadora maioria dos eurodeputados segue à distância e vota por correio electrónico.
O presidente do Parlamento Europeu presentemente fisicamente sublinhou, na abertura da sessão, que "a democracia não pode ser suspensa no meio de uma crise tão dramática".
David Sassoli afirmou também que "é um dever, nestes tempos difíceis, estar ao serviço dos cidadãos" até porque o Parlamento tem que votar medidas europeias urgentes de combate ao coronavírus, durante esta sessão.
Nos discursos em plenário, muitos grupos apoiaram as medidas nacionais e europeias já tomadas mas também vozes a pedirem que a União Europeia vá mais longe possível na mobilização de meios para mitigar as consequências da crise.
As atenções agora viradas para a resposta dos líderes europeus que vão reunir esta tarde por videoconferência. Uma reunião que vai servir justamente para testar a união entre os Estados-membros.
Os líderes vão fazer o ponto e articular uma resposta à situação. E também organizar uma estratégia coordenada para a saída da crise, tentando olhar para o que vai acontecer sobretudo do ponto de vista económico - olhar por exemplo para um roteiro com medidas para proteger a economia.
Há governos que reclamam um plano alargado e ambicioso - uma espécie de plano Marshall para reconstruir a economia, mas não é garantido que todos os países tenham a mesma abordagem, o que significa que pode haver o risco de uma abordagem minimalista.
No debate desta manhã no Parlamento Europeu, a presidente da Comissão utilizou um fórmula em que pede aos líderes solidariedade: que actuem com um grande coração e não com 27 pequenos corações.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus.