26 fev, 2021 • Celso Paiva com Vasco Gandra
Os 27 também convergem na ideia de um certificado de vacinação que facilite as deslocações dentro do espaço comunitário, mas ainda há questões políticas e técnicas que é necessário esclarecer até à criação deste instrumento.
António Costa diz que é um instrumento fundamental para dispensar quarentenas nas viagens, é um documento que deverá facilitar a liberdade de circulação e a retoma do sector do turismo.
No entanto, há ainda questões por resolver, por clarificar sobre o conteúdo deste documento. O Primeiro-ministro diz que deve ser um documento comum reconhecido a nível da UE e estar operacional até ao Verão.
De resto, os 27 sublinham que a prioridade no combate à pandemia é acelerar a produção de vacinas e o processo de vacinação nos Estados-membros.
António Costa diz também que é necessário agilizar o processo de licenciamento de novas vacinas no âmbito da Agência Europeia do Medicamento, sem pôr em causa a segurança e a qualidade.
Os líderes europeus pedem também à Comissão que faça um relatório com as lições que a UE deve retirar da pandemia. António Costa questionado sobre a necessidade de manter suspensas as regras do Pacto de Estabilidade António Costa mostra-se convicto de que essa suspensão vai ser prolongada até 2022.
Um passaporte sanitário para salvar o Turismo
A União Europeia abriu a porta à criação de um passaporte da saúde para normalizar as viagens de Verão. Perante a pressão feita pelos países do sul, especialmente a Grécia e Espanha, os 27 concordaram nesta reunião em trabalhar no projecto de um certificado digital, que ateste que o portador foi vacinado, tem anticorpos, ou teve recentemente teste negativo à Covid.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, avisou que os países têm de começar a trabalhar para afinar os seus sistemas de saúde e de fronteiras, se querem ter o passaporte pronto a tempo das férias de Verão. Mas este passaporte levanta muitas dúvidas. O presidente do Conselho Europeu diz que são legitimas as preocupações quando ao risco de discriminação. Charles Michel lembra que a prioridade número 1 é acelerar a produção de vacinas e a vacinação.