06 abr, 2018
Puigdemont agradeceu a todos os que acreditaram e pede à Justiça espanhola que liberte todos os seus colegas de partido detidos em Espanha pelo mesmo crime: “Peço a imediata libertação de todos os meus colegas que estão detidos nas prisões espanholas. É uma verdadeira vergonha para a Europa ter presos políticos. Sempre confiei na democracia europeia, baseada nos direitos dos povos, separação de poderes e no direitos humanos. Tal está em risco em Espanha, a nossa luta é pela democracia”.
Carles Puigdemont deixou a prisão de Neumünster esta manhã, depois de pagar uma caução de 75 mil euros. O antigo líder catalão vai aguardar em liberdade a decisão sobre o pedido de extradição. Fica obrigado a apresentar-se semanalmente e não pode abandonar o país.
A Justiça alemã considera que o antigo presidente do Governo catalão não cometeu qualquer crime de rebelião, nos seus actos independentistas. Conclui que não houve crime porque não existiu violência armada. E em resposta à decisão da Justiça alemã, o Governo espanhol garante que respeitará qualquer decisão judicial, embora lembre que não foi essa a interpretação já feita pela Justiça espanhola. Fê-lo através do seu ministro da Educação.
É certo que a Justiça espanhola é soberana, caso venha a capturar o líder independentista, mas os seus critérios seguidos estão a ser claramente questionados pelos parceiros europeus. Importa sublinhar que, mesmo em Espanha, o crime de rebelião implica a existência de violência armada, embora seja essa a acusação feita pelos magistrados da Audiência Nacional espanhola.
Tensão diplomática e comercial
Tema a gerar forte tensão entre a Moscovo, os países europeus e os EUA continua a ser o do envenenamento do antigo embaixador russo no Reino Unido, e da sua filha. Este caso já motivou a expulsão de muitos embaixadores. E Moscovo assume, agora, com "alto grau de probabilidade", que os serviços de inteligência de outros países estejam por trás dos envenenamentos.
Num outro plano, e numa derradeira tentativa de evitarem uma guerra comercial, tanto Emmanuel Macron como Angela Merkel têm viagem marcada para Washington. O Presidente francês, a 24 de Abril e a Chanceler alemã, a 27. Apostam ambos em garantir, junto de Donald Trump, uma isenção permanente às importações de aço e alumínio.
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