22 fev, 2019 • Miguel Coelho e Pedro Caeiro
Olivier Bonamici mostra-se muito triste e diz que a "doce França está a desaparecer", aquilo que existe é um país em que há cada vez menos respeito pelas minorias. No caso dos ataques aos judeus, a arma de quem ataca é dizer que se é anti-sionista, o que não permite legislar contra este tipo de incidentes. O anti-semitismo não existe só em França (veja-se o que se está a passar no Partido Trabalhista de Corbyn no Reino Unido), mas Olivier reconhece que é um problema grave no seu país.
No que respeita à actualidade política espanhola, as atenções que deviam focadas nas Legislativas de Abril estão a ser divididas com o caso do julgamento dos independentistas catalães. A correspondente espanhola diz que, no meio da pré-campanha, os espanhóis não estão a centrar-se tanto no julgamento em si, mas sobretudo naquilo que os diferentes partidos poderão ganhar ou perder com o resultado desse julgamento.
Brexit: uma bomba-relógio prestes a explodir
A 35 dias do Brexit, a novela parece estar longe do fim. A questão irlandesa "pode ser a chave", na opinião de Olivier Bonamici. Mas a situação política interna britânica não é melhor que a posição face a Bruxelas. Há muitos fogos por apagar. "É impressionante a forma como se deram as saídas do Partido Trabalhistas nestes últimos dias. Uns por causa da posição do Brexit, mas outros por causa de posições anti-semitas". Haverá o perigo de uma fragmentação do Parlamento britânico, tradicionalmente bipartidário? Begoña Iñiguez acha que sim, mas que aquilo a que assistimos é a "uma fragmentação de todos os partidos tradicionais na Europa".
“CDS pode ser a grande surpresa das próximas eleições”
Apesar do desfecho anunciado à moção de censura do CDS, Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici defendem que a presidente do partido surgiu como verdadeira líder da oposição, numa altura em que o PSD de Rui Rio tarda em afirmar-se.
Os dois comentadores olham também para a nova fase no protesto dos enfermeiros, com uma greve de fome frente ao Palácio de Belém.
E numa altura que a Póvoa de Varzim recebe mais uma edição das Correntes d’Escritas, Begoña elogia “o mais importante acontecimento literário da Península Ibérica e um dos mais importantes da Europa”.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus