13 abr, 2018 • Ricardo Conceição
A “União Europeia devia enviar um sinal a Viktor Orbán” de que não vai tolerar derivas anti-democráticas, defende Begoña Iñiguez perante mais uma vitória do chamado “ditador da Europa” nas legislativas húngaras. No entanto, a jornalista espanhol reconhece que os meios à disposição de Bruxelas são limitados. “O problema é que isto está a crescer em vários locais da Europa”, acrescenta Begoña Iñiguez.
“É a soberania do povo húngaro”, assinala, por seu lado, Olivier Bonamici. “O PPE não tem a culpa, mas tem a responsabilidade” na força do senhor Viktor Orbán. O jornalista francês lembra que o Fidesz está ao lado de partidos como o PSD e não no grupo parlamentar da Frente Nacional ou da Liga do Norte. Bonamici lembra também que as divergências em relação à política para os refugiados não motivaram a tomada de medidas por parte da União Europeia.
Os dois comentadores concordam que a possibilidade de cortar subsídios prevista nos tratados é muito difícil de desencadear.
Nesta edição falamos ainda da crise militar síria e da inépcia europeia nesta questão.
E por cá?
O caso de “Bruno de Carvalho é surreal”. A frase é de Olivier Bonamici que esta semana contou lá fora o que se passa no Sporting. As confusões em Alvalade soam como “algo surreal” em França. “Cá toda a gente conhece Bruno de Carvalho”, mas lá fora não.
O jornalista francês regista ainda que há medo na imprensa desportiva. “Se dizes mal dos presidentes dos três clubes podes ser alvo de ameaças” e é muito difícil exercer jornalismo nestas condições.
Begoña Iñiguez encontra paralelo em Espanha, onde os jornalistas desportivos são também alvo de grandes pressões, mas esta semana, em Espanha, só estavam interessados nas reações à bicicleta de Ronaldo.
Nesta edição do "Visto de Fora" falamos ainda do alegado “milagre económico”. Olivier Bonamici conta que fez uma reportagem para a Suíça sobre a forma como os portugueses vivem o pós-crise. Relata a cara de incredulidade de dois portugueses perante a expressão “milagre económico”. Um ganha 650 euros por mês e o outro 750 euros. Segundo o jornalista francês, à imprensa europeia “que é de esquerda” dá muito jeito esta ideia que está tudo muito bem.
Esta semana falamos ainda da saúde da “geringonça”, que para Begoña Iñiguez continua sólida e ainda da entrevista feita pela jornalista espanhola a Marcelo Rebelo de Sousa para o "La Voz de Galicia".
Quanto ao Índice de Tugalidade, esta semana, até um dos tugas falha.
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Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus