14 jul, 2020 - 13:57 • Lusa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, esta terça-feira, a constituição de três arguidos, uma pessoa singular e duas coletivas, por fraude fiscal, no âmbito da "Operação saco azul", que envolve o Benfica.
De acordo com a edição desta terça-feira, do jornal "A Bola", o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, é um dos arguidos nesta investigação, assim como a SAD do Benfica e a Benfica Estádio.
“Confirma-se apenas a existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e no qual se investigam factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal”, disse à Lusa fonte oficial da PGR.
A mesma fonte acrescentou que, “no âmbito deste inquérito foram, ontem [na segunda-feira], constituídos três arguidos, uma pessoa singular e duas coletivas”.
Informação avançada pelo jornal "A Bola". Em causa(...)
A investigação da Autoridade Tributária (AT) remonta a 2018, quando foram feitas buscas às instalações encarnadas, por suspeitas da emissão de faturas de serviços fictícios de uma empresa informática, que o Benfica pagou.
Segundo "A Bola", Luís Filipe Vieira foi ouvido na segunda-feira, tendo sido constituído arguido. Outros dirigentes encarnados devem ser ouvidos nos próximos dias, casos do administrador executivo da SAD, Domingos Soares de Oliveira, e do diretor financeiro, Miguel Moreira.
Em causa estarão 1,85 milhões de euros que terão sido pagos pelas sociedades do Benfica, durante seis meses, para pagar serviços que alegadamente não foram prestados.
Fonte oficial do Benfica confirmou à Lusa que Luís Filipe Vieira foi ouvido na segunda-feira e acrescentou tratar-se de uma questão relacionada com o pagamento de IVA e IRC e não com um alegado "saco azul" e também sem relação com a gestão desportiva.