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​Toni. "Jorge Jesus sabe quais são as implicações do jogo com o PAOK"

15 set, 2020 - 12:45 • João Fonseca

O antigo treinador do Benfica sublinha que o encontro desta noite, além de peso no plano desportivo, também pode mexer com as eleições de outubro. Os encarnados jogam o futuro nas competições europeias, numa eliminatória a uma só mão em Salónica, na Grécia. Jogos às 19h00, com relato na Renascença.

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Ganhar é o único resultado possível para um Benfica que procura, esta noite em Salónica, no estádio Toumba, ficar com bilhete para o "play-off" de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Jorge Jesus disse, no lançamento da partida, não sentir pressão pelo embate com o PAOK, mesmo estando tanto em jogo para o clube português.

Toni, emblemático jogador e ex-treinador das águias, entende as palavras de Jesus à luz do que é a sua experiência neste nível de competição. Isso não significa, no entanto, que JJ não tenha noção das consequências resultantes do desfecho do jogo desta noite na Grécia.

O Benfica, além de desportivamente procurar estar entre os maiores do futebol europeu, também tem de pesar as questões financeiras. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões significa um encaixe inicial e automático de cerca de 40 milhões de euros.

"Ele está vacinado para este tipo de situações. Agora, é evidente que ele sabe que este jogo tem essas implicações todas. Não garante, desde já, a qualificação [para a fase de grupos Liga dos Campeões], mas dá a passagem para discutir o 'play-off' com o Krasnodar, podendo depois abrir as portas para [o encaixe] financeiro e para aparecer, de novo, no palco da Champions", diz Toni, em entrevista à Renascença.

O desfecho do jogo desta noite tem ainda outro peso, que Toni leva para a balança. Com eleições para a presidência do Benfica marcadas para outubro, o antigo treinador adverte que o resultado do desafio com o PAOK poderá ter impacto no ato eleitoral.

Rodagem do PAOK não tira favoritismo ao Benfica

Os gregos, comandados por Abel Ferreira, já estão em competição - eliminaram o Besiktas na 2.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões e venceram o Larissa na 1.ª jornada da liga da Grécia -, ao contrário do Benfica que se estreia oficialmente esta noite. Apesar de importante, este facto, não retira o estatuto de favorito aos encarnados, na opinião de Toni.

"O Benfica é mais forte, em termos individuais, mas o adversário atenua isso com uma excelente organização. O Benfica é favorito, mas terá de provar que é melhor dentro de campo", enfatiza.

Toni vaticina um 11 à imagem do que Jorge Jesus tem escolhido para os jogos de preparação, com Vertonghen e Everton como as caras novas da equipa. Os restantes são jogadores que "já cá estavam".

"Taarabt e Weigl é a dupla que Jorge Jesus acabará por optar para o meio. André Almeida, pela sua experiência, até por percebermos que não há dois jogos, há um só, Grimaldo que deu a entender estar pronto e provavelmente Seferovic vão começar o jogo", prevê Toni, em função do objetivo e dos jogadores que Jesus tem ao seu dispor, num plantel que recebeu mais reforços, mas que ainda não deverão entrar de início para o encontro com o PAOK.

O PAOK-Benfica, da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, terá arbitragem do alemão Felix Brych. O jogo começa às 19h00, tem relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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