28 jan, 2021 - 23:36 • Redação
João de Deus, que orientou o Benfica face à ausência de Jorge Jesus, devido a uma infeção respiratória, dedicou a vitória sobre o Belenenses SAD, que valeu o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, ao treinador e ao presidente, Luís Filipe Vieira, que está infetado com a Covid-19, além de outros membros do "staff" do clube.
"Aproveito para, em nome do nosso grupo, dedicar esta vitória ao mister [Jorge Jesus], ao nosso presidente e a todos os profissionais do Benfica que nos últimos dias não puderam estar presentes no dia a dia devido às dificuldades que já sabemos", começou por dizer o adjunto em declarações à TVI24, no final da partida na Luz, que terminou com 3-0 para o Benfica.
Para João de Deus, as dificuldades de orientar a equipa prenderam-se com a ausência da figura de autoridade e da "referência" Jorge Jesus: "Mas o mister nunca facilita e o trabalho estava todo preparado previamente. Só tenho de lhe agradecer. Dá a todos nós, 'staff' e jogadores, todo o conforto para vencermos e com qualidade. Foi uma vitória inequívoca."
O técnico deu conta, ainda, da "felicidade de poder contar com vários jogadores" que tinham estado, até agora, infetados com o novo coronavírus. "Alguns deles, só com um treino feito, vieram aqui jogar 90 minutos e exibiram-se, dentro das possibilidades, a um bom nível", assinalou.
Sobre a infeção respiratória de Jorge Jesus, o adjunto garantiu que não tinha respostas além daquelas que já são públicas. De resto, salientou que a vitória desta quinta-feira ajudou a dar motivação para o que aí vem:
"No meio desta tempestade, temos de ir sobrevivendo e fazendo das fraquezas forças. Oxalá que este trajeto seja em crescendo que pelo que temos passado bem merecemos."
Quando Cervi saiu do terreno de jogo, mereceu um forte abraço de João de Deus. O treinador afastou qualquer correlação com uma possível do argentino do Benfica.
"Todos os jogadores que saíram e entraram foram imbuídos de um espírito de querer muito uma vitória hoje. São eles próprios que sentem que fizeram um bom trabalho e estiveram à altura da exigência. Isso deixa-nos a todos satisfeitos", sublinhou.