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Gaspar Ramos. Jorge Jesus ainda não saiu do Benfica porque "é o treinador do presidente"

22 fev, 2021 - 12:45 • Pedro Castro Alves com Redação

"Saída do Jorge Jesus enfraquece ainda mais a posição de Luís Filipe Vieira", assinala o antigo vice-presidente do Benfica. Gaspar Ramos é contra eleições antecipadas, mas não as coloca de parte caso os resultados do futebol não melhorem.

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Gaspar Ramos considera que, em condições "normais", Jorge Jesus já teria sido demitido do comando técnico do Benfica. Tal ainda não aconteceu porque o treinador é aposta pessoal de Luís Filipe Vieira e a sua saída enfraqueceria a posição do presidente encarnado.

Assim o diz, em declarações a Bola Branca, o antigo vice-presidente do clube da Luz, para quem "numa situação normal, Jorge Jesus já não estaria, neste momento, a treinar o Benfica". O que o impede é estar "muito ligado ao presidente, que fez uma aposta" no treinador.

"É o treinador do presidente, portanto, hoje, a saída do Jorge Jesus enfraquece ainda mais a posição do presidente. Não é fácil a Luís Filipe Vieira tomar essa decisão. É por isso que, do meu ponto de vista, ele ainda não saiu, tal como já tinham saído o [Bruno] Lage e o Rui Vitória", assinala Gaspar Ramos, numa alusão a épocas anteriores.

Gaspar Ramos acredita que a Liga Europa e a Taça de Portugal ainda podem aligeirar os insucessos do Benfica no campeonato.

"Se conseguíssemos eliminar o Arsenal, poderia de algum modo trazer algum equilíbrio à situação, desde que se começasse a preparar o futuro. A própria Taça de Portugal, se conseguíssemos ganhá-la. Podiam amenizar um pouco o clima, de modo a que se começasse a projetar o futuro e se manifestasse isso publicamente de forma credível, que as pessoas olhassem para essas decisões com alguma confiança. Oque me parece que vai ser muito difícil, infelizmente", lamenta.

Luís Filipe Vieira deve agarrar-se ao futebol


Gaspar Ramos não é "apologista de eleições antecipadas", embora reconheça "que isso pode acontecer". Ainda assim, sublinha que "os mandatos devem ser cumpridos", pelo que Luís Filipe Vieira deve continuar, até ao fim, no cargo para que foi reeleito em outubro.

No entanto, avisa, tal como já o fez pessoalmente, em conversa com o presidente do Benfica, que o futebol é que dita o sucesso.

"Disse-lhe que se ele não ganhasse no futebol, as pessoas iam-se esquecendo da grande obra que ele fez. E é uma pena, porque nós, benfiquistas, temos de reconhecer que Luís Filipe Vieira fez e vai deixar uma grande obra no Benfica. Mas pode sair pela porta pequena se não cuidar do futebol de uma maneira muito a sério", alerta.

No entender do antigo vice-presidente do Benfica, o clube não tem, neste momento, "uma estrutura adequada às necessidades de um grande clube". Gaspar Ramos considera que alguns "diretores desportivos e diretores técnicos" não têm, "provavelmente, capacidade para isso".

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  • Pelo Benfica
    22 fev, 2021 Vieira e Rui costa, RUA! 18:05
    Jorge Jesus está de pedra e cal, até porque já não deve haver dinheiro para lhe pagar a rescisão. Se até estão a preparar um plano de vendas apressadas dos "grandes génios" que contrataram, além de se estarem a preparar para nem o 3º lugar conseguirem e quererem "voltar às bases" ou seja, uma equipa de "miúdos do Seixal" de competitividade reduzida e com hipótese de alguma venda milionária, mas quanto a títulos, vem aí novo deserto no tal "ultimo mandato ganhador onde a tónica era vencer tudo na vertente desportiva". Vieira? A menos que seja preso - e neste momento sou fã de 2 instituições: a Polícia Judiciária e o Ministério Público - não vejo hipótese de o Vieira largar o tacho a não ser algemado no meio de 2 polícias, depois de em véspera de eleições ter posto de lado o desinvestimento dos 3 anos anteriores e ter desbaratado o dinheiro da transferência do Félix em contratações para ganhar eleições, mas que nos transformaram num Bombo da festa também cá dentro - já o éramos lá fora, agora também o somos cá dentro. A massa Associativa, que tinha obrigação de saber com quem lidava, teve uma oportunidade de ouro para correr com ele. Não o fizeram, agora limpem as mãos à parede e vivam com a escolha que fizeram.

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