29 abr, 2021 - 14:14 • Redação
Jorge Jesus considera que os diferentes agentes do futebol têm de rever os seus comportamentos. Na sequência de tudo o que se passou no Moreirense-FC Porto, o treinador do Benfica fala da necessidade de "todos reverem processos".
"Temos de olhar para o nosso produto e começarmos a pensar que o futebol é mais importante do que interesses individuais. Se não o fizermos, andamos sempre com estas situações e eu, particularmente, gostava de contribuir para que isso não acontecesse", diz Jesus, em conferência de imprensa.
Braga
Treinador do Sporting de Braga entende "mind games(...)
O treinador deixa, desde logo, um contributo e sugere que "uma reciclagem na arbitragem", no sentido de transmitir aos árbitros que "eles têm autoridade".
"Para que as coisas aconteçam é porque aconteceu alguma coisa antes, e estou a falar do jogo. Os árbitros têm de ter mais autoridade. Eles têm autoridade, mas têm de se assumir mais. Até há uns anos só o treinador é que podia falar no banco. Hoje falam todos, levantam-se todos, o roupeiro, o médico, se estiver lá o gato também vai o gato. Antigamente no jogo, só o capitão é que se podia dirigir ao banco. Tem de ser fazer uma reciclagem na arbitragem para lhes transmitir que eles têm autoridade", sublinha.
"Faz-me lembrar os jogos sul-americanos de antigamente"
Jesus reconhece que a sua saída de Portugal - esteve na Arábia Saudita e no Brasil - permitiu-lhe olhar para o futebol de outra forma e reforça que é necessário uma mudança. Neste momento, diz, há situações que lhe fazem "lembrar os jogos sul-americanos de antigamente".
Sobre o incidente no exterior do estádio do Moreirense, em que o empresário Pedro Pinho investiu contra um repórter de imagem da TVI, Jorge Jesus entende que se trata de um caso de polícia, mas lamenta que os agentes da autoridade não intervenham.
O Conselho de Disciplina instaurou um processo ao (...)
"Qualquer coisa que acontece, se eu for polícia, deixo andar. Porque se intervenho ainda sou eu preso", comenta. O Conselho de Disciplina abriu um processo disciplinar a Pedro Pinho e suspendeu o empresário por um prazo máximo de 20 dias, tendo enviado o processo para a Comissão de Instrução da Liga.