09 jul, 2021 - 20:00 • João Fonseca
Manuel Boto, antigo vogal do Conselho Fiscal e elemento integrante da Comissão que participou na revisão dos estatutos do clube em 2010, considera que a Direção do Benfica tem condições para prosseguir.
Questionado por Bola Branca sobre o atual momento vivido no Benfica e quais os cenários possíveis à luz dos regulamentos, Manuel Boto assinala que, legalmente, a direção "tem legitimidade para continuar" nos três anos que restam de mandato, que começou em outubro.
"Temos uma situação de alguma forma equivalente a doença prolongada ou algo desse género. O presidente encontra-se ausente por tempo indeterminado, como tal tem a direção tem possibilidade continuar. Do ponto de vista jurídico, têm legitimidade para continuar. Do ponto de vista substancial é que se pode questionar essa situação, mas já estamos no campo subjetivo", explica o antigo dirigente encarnado.
Luís Filipe Vieira suspendeu as suas funções como presidente do Benfica; não renunciou. Manuel Boto refere que a suspensão, embora não "esteja prevista pelos estatutos, deve estar na lei geral", pelo que é admissível.
A realização de eleições antecipadas só acontecerá por uma de duas vias.
"Pode haver um pedido de assembleia geral conducente à destituição dos órgãos sociais ou precedido por um plenário, em que discutido o assunto, entendam que no interesse do Benfica se devem demitir e, então, convocar eleições antecipadas", esclarece Manuel Boto.