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Jesus quer ganhar um Mundial, mas sabe que só pode escolher "entre duas ou três seleções"

26 nov, 2021 - 10:34 • Redação

Técnico do Benfica vai fazer o jogo 600 na Liga e quer treinar até aos 75 anos. Até lá, sonha com três troféus: Campeonato do Mundo, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes.

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Jorge Jesus não esconde o sonho de conquistar um Mundial. Contudo, sabe, também, que para tal só pode escolher "entre duas ou três" seleções.

Uma delas poderá ser o Brasil, a que já "piscou o olho" anteriormente. Em entrevista ao jornal "A Bola", publicada esta sexta-feira, no entanto, o treinador do Benfica não dá nomes às equipas com que poderia ganhar o Mundial de seleções, nem àquelas com que seria possível alcançar outros dois objetivos - a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes.

"Se puder ser campeão do mundo de uma seleção melhor, mas para isso só podes escolher entre duas ou três seleções. Não há mais. Para ir a uma final de um Mundial de Clubes tens de ganhar a Champions e só quatro ou cinco equipas o conseguem. Não há mais", salientou.

Para ganhar um Mundial, é preciso treinar uma seleção. No inverno de 2022, há torneio no Qatar. Jorge Jesus termina contrato com o Benfica no final da época e ainda não renovou. O futuro decide-se em junho:

"No final da época vou fazer, como é normal, o meu resumo. A vontade que tenho de continuar ou não. Sempre fiz isso nestes últimos anos."

De qualquer forma, Jorge Jesus considera que tem, agora, o privilégio de ser ele a escolher as equipas que treina e não o contrário. No Benfica ou noutro lado, o objetivo é continuar a treinar por mais 10 anos:

"Se tiver saúde para isso, e me mantiver com a mesma capacidade física que tenho, se tudo correr normalmente até aos 75 anos vou estar a treinar. Agora já não é a mesma coisa que era quando comecei a minha carreira. Agora sou eu que escolho os clubes que quero treinar. Não são os clubes que me escolhem. E daqui para a frente vai ser sempre assim."

Chegar à final da Liga dos Campeões em 2022


No Benfica, Jesus foi a duas finais da Liga Europa. Perdeu-as, algo por que não esconde a "tristeza", mas que também lhe dá "algum conforto" e que lhe permite sonhar, inclusive, com uma final da Liga dos Campeões.

"Tomara eu este ano no Benfica chegar a uma final da Champions. Não me importava. Queria ganhá-la, mas se a perdesse, ficava registado que tinha ido à final. Eu e o Benfica", assinalou o técnico encarnado.

No imediato, o objetivo é claro: ganhar com o Benfica já esta época.

"Foi com esse objetivo que o Benfica me contratou e foi com esse objetivo que eu vim para Portugal", acrescentou Jorge Jesus.

Orgulho por Rúben Amorim e Sérgio Conceição


Nesta longa carreira, Jorge Jesus teve oportunidade de orientar aqueles que são, agora, os seus principais rivais: Rúben Amorim, do Sporting, e Sérgio Conceição, do FC Porto. O técnico encarnado assume ficar "orgulhoso" por ver os dois antigos pupilos a brilhar como treinadores.

"Uma coisa é a rivalidade fora de campo e outra coisa é dentro de campo", salientou, sobre Sérgio Conceição. "O que para mim é importante é que o Sérgio hoje é um grande treinador como outros ex-jogadores meus são. Isso é que é importante. Alguma coisa ficou neles de mim. A valorização dele, como de outros, deixa-me extremamente orgulhoso", acrescentou.

Sobre Rúben Amorim, Jorge Jesus também não se poupou nos elogios.

"Sinto-me feliz porque está ali um treinador que também trabalhou comigo vários anos e anda à procura do seu caminho e das condições para também ser um dos grandes treinadores do futebol português. Já o é. E isso também me deixa orgulhoso", destacou o técnico, de 67 anos.

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