01 dez, 2021 - 12:45 • José Barata
Não há favorito à vitória no dérbi entre Benfica e Sporting, mas a ausência de Palhinha “pode ser um fator determinante”. A opinião é de João Alves, antigo médio dos encarnados.
O “luvas pretas”, que em quatro épocas fez 141 jogos e marcou 32 golos ao serviço do Benfica, vê duas equipas num bom momento de forma. Por isso, acredita que podem dar um bom espetáculo sem resultado previsível.
Alves considera que as duas equipas têm o mesmo estilo de jogo, mas o que pode fazer a diferença é atitude dos jogadores: de um lado mais experientes, e do outro mais irreverentes.
“Pode-se esperar um jogo bem disputado, são duas equipas num bom momento de forma e com resultado imprevisível. Embora tenham o mesmo sistema tático, são duas equipas diferentes na conceção: uma equipa mais madura, que é a do Benfica, e uma mais irreverente, que é a do Sporting. Há muitas semelhanças entre as duas equipas”, disse.
Everton tem revelado nos últimos jogos uma subida de rendimento. João Alves entende que o jogador brasileiro tem “muita qualidade” e pode fazer alguma diferença no dérbi.
Para João Alves, a ausência de João Palhinha no meio campo do Sporting pode ser um fator determinante durante o jogo, pela qualidade e importância que tem na manobra da equipa de Rúben Amorim.
“É evidente que o Rúben Amorim, de certeza, que queria o Palhinha para jogar. O Palhinha é um jogador que equilibra a equipa em termos físicos, em termos de agressividade, em termos táticos. É o ponto de equilíbrio daquela equipa do Sporting. É uma peça-chave. Isto não significa que não possa haver no plantel jogadores de outras características, que tornarão o futebol do Sporting ligeiramente diferente naquela zona do campo”, refere.
O dérbi acontece depois do jogo entre a Belenenses SAD e o Benfica, que provocou um autêntico terramoto no futebol português, com a emissão de vários comunicados sobre o facto de o jogo se ter realizado e não haver forma de o adiar. João Alves acredita que esse episódio não afetará os jogadores de Benfica e Sporting e aponta o dedo à Liga e ao seu presidente Pedro Proença.
“Quem devia ser castigado era a Liga, os dirigentes da Liga, o seu presidente porque deixaram arrastar-se a situação”, acrescentou João Alves.