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Buscas no Benfica e Sporting. Empresário César Boaventura foi detido

15 dez, 2021 - 15:37 • Redação

PJ cumpriu 28 mandados de buscas e três de detenção, incluindo de um agente ligado ao desporto. Segundo a SIC Notícias, trata-se do empresário de futebol César Boaventura.

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A Polícia Judiciária (PJ) realizou, esta quarta-feira, buscas nas instalações de Benfica e Sporting, por suspeitas de crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento de capitais. Investigação que levou à detenção de um empresário ligado ao desporto, que de acordo com a SIC Notícias é César Boaventura.

Em comunicado, a PJ confirmou o cumprimento de 28 mandados de buscas domiciliarás e não domiciliárias, em equipa mista com a Autoridade Tributária e Aduaneira (ATA), nos concelhos de Barcelos, Braga, Esposende, Trofa, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Benavente e Lisboa, no âmbito da denominada Operação "Malapata".

Em comunicados nos respetivos sites, Benfica e Sporting confirmam terem sido alvo de buscas, embora se demarquem da investigação.

O clube da Luz salienta que "não é arguido ou sequer visado" no processo. O de Alvalade manifesta "enorme surpresa" com a inclusão numa investigação em que diz não ser visado "direta ou indiretamente".

Os dois clubes garantem, contudo, colaboração com as autoridades.

"Foram detidos três indivíduos, entre os quais um empresário do sector metalúrgico e um empresário ligado à atividade desportiva, fortemente indiciados pelos referidos crimes", lê-se. De acordo com a SIC Notícias, o segundo é o agente de futebol César Boaventura.

Movimentação suspeita de 70 milhões de euros


Em causa estão suspeitas de crimes de fraude fiscal, burla qualificada, falsificação informática e branqueamento, e de movimentos financeiros irregulares na ordem dos 70 milhões de euros.

"A vantagem patrimonial em sede fiscal, estimada, associada ao principal visado, atinge o montante de 1,5 milhões de euros, apenas com base em elementos já confirmados", lê-se no comunicado da PJ.

A PJ explica que há indícios de que, através do exercício de atividade comercial fictícia de sociedades geridas pelos suspeitos e de correspondentes contas bancárias tituladas por terceiros (pessoas individuais e coletivas), em Portugal e no estrangeiro, "aqueles lograram criar um intrincado esquema de faturação / movimentação financeira que ofereciam tanto como veículo de branqueamento para terceiros, prestando assim esse serviço ilícito pelo qual seriam remunerados, como para ocultação dos proveitos gerados da própria atividade legítima dos próprios e de terceiros, nos sectores indicados".

No decurso da operação, foi apreendida documentação relativa à prática dos alegados crimes, vários automóveis e material informático.

Os detidos vão ser presentes a um juiz para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação, informa a PJ.

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