28 dez, 2021 - 10:48 • João Fonseca com Redação
A Renascença apurou que Jorge Jesus não quer continuar a treinar o Benfica, por não ter sentido apoio de Rui Costa, numa altura em que sentia necessidade de proteção e solidariedade do presidente.
O treinador está de saída, confirmou a Renascença, e esta terça-feira pediu reunião com Rui Costa para acertar os termos sob os quais vai deixar o clube. O acordo que Jesus propõe é receber os salários, enquanto não treinar outro clube. Uma situação idêntica, por exemplo, à de Bruno Lage, que enquanto não assinou pelo Wolverhampton, tinha contrato e recebeu os salários correspondentes.
Jesus tem contrato até ao final da época e estava nos planos do Flamengo, clube pelo qual foi campeão brasileiro e venceu a Taça Libertadores. O treinador foi abordado pelo Flamengo para o regresso ao Brasil, mas tanto o Benfica como o treinador negaram a saída. O clube terá já acordo com Paulo Sousa.
Treinador estará a negociar a saída com a direção (...)
Jesus pretendia que a reunião com Rui Costa se realizasse antes do início do treino matinal, mas quando o presidente chegou ao Seixal já os jogadores tinham abandonado o centro de treinos.
A sessão de trabalho foi adiada para a tarde e será orientada por Nélson Veríssimo, atual treinador da equipa B. Veríssimo estava em estágio, no norte do país, antes do jogo com o Feirense, a contar para a ronda 16 da II Liga, que se realiza esta tarde, e foi chamado de urgência para assumir o comando interino da equipa principal.
A situação de Jesus no Benfica atingiu um ponto de não retorno, após a decisão do treinador de colocar Pizzi a treinar à parte, na segunda-feira. Em causa, palavras do internacional português, um dos capitães de equipa, no relvado do Dragão, depois da derrota, por 3-0, diante do FC Porto, para a Taça de Portugal.
As partes acertam os termos da saída, sendo certo que Jesus já não vai orientar a equipa no jogo com o FC Porto, esta quinta-feira, a contar para a jornada 16 da I Liga.