19 mai, 2022 - 12:45 • João Fonseca
Roger Schmidt "não deve tomar decisões pelo que lhe dizem", mas só depois de conhecer realmente os jogadores que estão ligados às águias contratualmente.
A Bola Branca, o ex-jogador do Benfica, Diogo Luís, alerta para os custos futuros de uma mudança radical, deixando mesmo a pergunta sobre o que sucederá "se daqui por seis meses as coisas não correrem bem?".
Antigo lateral esquerdo, reconhece que há posições carenciadas, como a que tem sido ocupada por Grimaldo. Se o espanhol ficar, é preciso uma opção. Se sair, "são precisas duas soluções".
Com Jorge Jesus e um sistema de cinco defesas, Gil Dias era a alternativa a Grimaldo. Com Nélson Veríssimo e o regresso à linha de quatro defesas, André Almeida e Lázaro chegaram a ser utilizados como alternativa ao espanhol.
Diogo Luís reconhece que o alegado desinteresse do Barcelona no jogador que as águias foram buscar à Catalunha pode ser "frustrante para todos". O defesa, que tem sido dono e senhor do lugar à esquerda, pode não ter conseguido gerir a expetativa criada com uma possível transferência.
Técnico alemão assina pelo clube da Luz até 2024.
Contudo, Diogo Luís abre caminho a outra hipótese, a de que os "blaugrana" tenham como intenção "baixar o preço", colocando-se numa posição de espera, mas neste caso será o "Benfica a estar mais fragilizado", até porque o jogador espanhol termina contrato na próxima época.
Com tantas mudanças na calha e uma época a começar mais cedo para participar nas eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, Roger Schmidt terá um caminho espinhoso pela frente.
Sem a garantia de Champions, pode ser mais complicado de convencer possíveis alvos.
"Os jogadores querem estar na grande montra e o Benfica não tem esse dado como garantido. Por outro lado, em termos financeiros o Benfica fica mais limitado, porque está a investir, mas não sabe se vai ter essa fonte de receitas", termina o antigo defesa formado no clube da Luz.