29 ago, 2022 - 13:04 • Redação
Mais do que surpreendido com as derrotas de FC Porto e Sporting este fim de semana, com Rio Ave e Chaves, respetivamente, o treinador do Benfica assume surpresa com a qualidade da I Liga portuguesa.
Roger Schmidt faz notas que as vitórias foram obtidas por equipas que acabaram de subir, diante de candidatos ao título:
"Estou surpreendido com a qualidade da Liga portuguesa. Os três clubes promovidos já mostraram qualidade. O jogo com o Casa Pia foi muito difícil [para o Benfica, 0-1] e neste fim de semana as vitórias do Chaves e do Rio Ave mostram que há muita qualidade na Liga. O jogo com o Boavista também foi difícil para nós. Há muita competitividade, o que nos obriga a ter a atitude certa. Não podemos subestimar qualquer adversário", alerta, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Paços de Ferreira.
A derrota do FC Porto abre a porta da liderança ao Benfica. Em caso de vitória, os encarnados ultrapassam o Sporting de Braga, primeiro classificado, após a goleada em Arouca. Schmidt explica que, nesta fase da época, não olha para a classificação, mas está confiante de que acordará na frente, na quarta-feira.
"[Poder assumir a liderança] É uma situação clara. Estamos em boa forma. Tentamos preparar os jogos da melhor possível. Temos apenas dois dias de preparação, mas teremos de estar prontos. Neste momento não olhamos para a classificação. Estamos focados no jogo e amanhã [terça-feira] queremos conquistar os três pontos e praticar bom futebol", responde.
Certo é que a conjugação de resultados neste início de temporada não leva o treinador a considerar que o Benfica esteja à frente dos outros concorrentes pelo título: "É muito cedo para avaliarmos quem é o principal candidato, quem está mais forte. Temos de nos centrar em nós e jogar no máximo das nossas capacidades".
Rotação por decidir
O Benfica vai realizar o terceiro jogo em 10 dias, a oitava partida oficial de uma época em que a rotação do 11 tem sido mínima. O treinador revela que ainda aguarda pela informação sobre o estado físico dos jogadores para decidir se e quantas mudanças fará.
"Nas próximas semanas vamos precisar de todo o plantel. Agora no início preferi apostas nos mesmos, para eles se habituarem uns aos outros e para tirar partido disso. Neste momento, ainda não tomei as minhas decisões para amanhã [terça-feira]. Também tenho de esperar para saber o estado em que estão os jogadores", informa.
Schmidt observa, no entanto, que está satisfeito com o rendimento dos jogadores que têm sido lançados a partir do banco. Realça, por exemplo, que Musa, Bah e Diogo Gonçalves "entraram bem e deram energia à equipa" no Bessa.
Mercado a fechar
O mercado de transferências fecha a a 1 de setembro e o plantel do Benfica ainda tem algumas indefinições. Há jogadores para colocar, como são os casos de Weigl e Yaremchuk, mas também poderá haver entradas.
Sem se referir a qualquer nome em particular, como o de Kamada, do Eintracht Frankfurt, Roger Schmidt admite que "pode haver alguns ajustes". O técnico reforça que está contente com o plantel atual, mas ressalva que "todas as equipas tentam melhorar as suas equipas, até ao último dia".
O último reforço a chegar foi o norueguês Fredrik Aursnes, do Feyenoord, já estrado no Bessa, e sobre o médio Schmidt reforça que está "muito feliz pela sua contratação". "É um jogador de equipa, muito fiável. Enzo e o Tino estão muito bem, neste momento. Têm vantagem, mas não vamos jogar com 11 jogadores durante toda a época", conclui, abrindo espaço para Aursnes.
O norueguês não estará, todavia, disponível para o jogo com o Paços de Ferreira esta terça-feira. O Benfica acerta calendário, com jogo em atraso da 3.ª jornada, e Aursnes não estava inscrito na Liga na data original do encontro. Pelas mesmas razões, o Paços não vai contar com o equatoriano Erick Freriga.
O Benfica recebe o Paços de Ferreira esta terça-feira, às 20h15, e, em caso de vitória, assume a liderança do campeonato. O jogo tem relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.